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CLÁSSICO

Clássico pela decisão do Mineiro entre Cruzeiro e Atlético coloca experiência e juventude em bancos opostos

Final do Estadual colocará frente a frente técnicos com trajetórias distintas

postado em 13/04/2019 10:15 / atualizado em 13/04/2019 10:45

<i>(Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro )</i>

MANO MENEZES

56 anos, gaúcho de Passo do Sobrado

10 clubes como treinador (Guarani-RS, Brasil-RS, Iraty-PR, XV de Novembro-RS, Caxias, Grêmio, Corinthians, Flamengo, Cruzeiro e Shandong Luneng)
Seleção Brasileira: entre 2010 e 2012
211 jogos pelo Cruzeiro (107 vitórias, 60 empates e 44 derrotas)

Principais títulos: Copa do Brasil de 2009, 2017 e 2018; Série B de 2005 e 2008; Superclássico das Américas de 2011 e 2012

Num mercado com treinadores de perfis tão diversificados, dois profissionais com trajetórias bem diferentes medirão forças no maior clássico de Minas, neste domingo, quando começa a disputa pelo título estadual de 2019. O duelo entre Cruzeiro e Atlético, às 16h, no Mineirão, terá como personagens o badalado Mano Menezes – que já comandou até a Seleção Brasileira – e um técnico ainda sem tanta experiência em times profissionais: Rodrigo Santana, aposta da diretoria alvinegra para substituir, nas duas partidas da decisão do Campeonato Mineiro, o demitido Levir Culpi. Apesar dos currículos com pesos distintos, ambos tentam levar para dentro das quatro linhas o melhor de si para estimular os atletas a vencerem a primeira batalha da final.

Será o 15º clássico de Mano Menezes pela Raposa em duas passagens pela Toca da Raposa II – são quatro vitórias, cinco empates e cinco derrotas. Com dois anos e oito meses no clube, o treinador de 56 anos é o que está há mais tempo no cargo entre os times da Série A. Curiosamente, Rodrigo Santana será o sexto técnico do Galo que Mano enfrentará nesta segunda passagem pelo time celeste – encarou também Marcelo Oliveira, Roger Machado, Oswaldo de Oliveira, Thiago Larghi e Levir Culpi.

O comandante cruzeirense está à frente de uma equipe embalada, que ainda não perdeu na temporada, vem de 10 vitórias consecutivas e já está assegurada como a líder de sua chave na Copa Libertadores. Mas, experiente, o treinador gaúcho descarta o favoritismo do Cruzeiro e acredita em muito equilíbrio amanhã: “Em jogos entre equipes grandes, a responsabilidade é mais compartilhada pela vitória. Eles têm oportunidades, nós temos oportunidades; eles atacam, nós atacamos. Há momentos diferentes nos 90 minutos, mas a parte do adversário não nos pertence. Temos que cuidar da nossa parte”.

<i>(Foto: Bruno Cantini / Atlético)</i>

RODRIGO SANTANA

36 anos, paulista de Santos

Nove clubes como treinador (Camboriú-SP, Pinheiros-SC, Uberaba, União Suzano-SP, Barueri, São Carlos, Juventus, URT e Sub-20 do Atlético)
Estreia no profissional do Atlético

Principal feito: título de campeão do interior de 2017 (pela URT)

Se Mano vive boa fase na Raposa, caberá a Rodrigo Santana afastar o ambiente ruim que atormenta o Atlético depois da goleada sofrida para o Cerro Porteño por 4 a 1, pela Libertadores, culminando na dispensa de Levir Culpi. Natural de Santos, o treinador, de 36 anos, chegou ao Atlético no ano passado, inicialmente para ser coordenador técnico auxiliar da base. Depois, assumiu o time Sub-20. Ele fez carreira, sobretudo, em clubes do interior, como URT, Juventus, Barueri e União Suzano. No Trovão Azul, em 2017, alcançou o maior destaque, com o time terminando como campeão do interior. Foi eleito o melhor treinador daquele Estadual. No mesmo ano, levou o time de Patos de Minas às quartas de final da Série D do Campeonato Brasileiro.

Quem conhece de perto o trabalho de Rodrigo Santana é o gerente de futebol da URT, Valter Sousa, um dos responsáveis por sua contratação pelo clube, em 2017. Ele afirma que uma das virtudes do treinador é a boa leitura de jogo: “Ele foi muito bem quando esteve conosco. É um profissional muito tranquilo, inteligente, com boa visão de jogo. Tem a facilidade de mudar o panorama de uma partida sem recorrer a substituições”.

Memória

Interino no lado azul

<i>(Foto: Auremar de Castro/EM/D.A Press - 06/05/2007 )</i>
Rodrigo Santana não será o primeiro treinador em Minas Gerais a assumir uma equipe de forma interina na véspera de uma final de Campeonato Mineiro. Em 2007, Emerson Ávila (foto), que estava na base do Cruzeiro, recebeu a missão de dirigir a equipe profissional na segunda partida da decisão do Estadual diante do Atlético. Ele herdou o cargo com a demissão de Paulo Autuori, que não resistiu à goleada sofrida para o Galo por 4 a 0, no Mineirão, no jogo de ida, que praticamente definiu o campeão. Com Ávila no banco, a Raposa até venceu o alvinegro no segundo confronto, por 2 a 0, mas o resultado foi insuficiente para que o Cruzeiro levantasse a taça.

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