Victor pode, sim, ser punido pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD). Se denunciado pela Procuradoria - o que ainda não ocorreu -, o goleiro pode ser julgado com base no artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de conduta antidesportiva.
É muito improvável, porém, que qualquer julgamento referente a incidentes do clássico de ida da final do Mineiro seja marcado para esta semana. Ou seja: a menos que um processo pouco usual ocorra no tribunal, Victor estará à disposição para a partida contra o Cruzeiro.
O entendimento de pessoas ligadas ao TJD ouvidas pela reportagem é que não há tempo hábil para o processo de denúncia e julgamento, especialmente pelo feriado desta sexta-feira.
Normalmente, o procedimento no TJD tem datas específicas. Nas quintas-feiras, a Procuradoria formaliza as denúncias, que entram na pauta do tribunal. O dia reservado para julgamentos é terça-feira.
Portanto, mesmo se o caso de Victor entrar em pauta nesta quinta-feira, não haveria tempo para julgamento antes da decisão. Afinal, a partida de volta da final está marcada para 16h30 deste sábado, no Independência. Para ser campeão, o Atlético precisa vencer.
A procuradoria do TJD recebeu, nesta segunda-feira, a súmula da partida de ida da decisão, assinada pelo árbitro Wagner do Nascimento Magalhães (RJ). No documento, não há menção à atitude de Victor. Existe, porém, a possibilidade de oferecer denúncia com base em imagens, por exemplo.
O procurador-geral do TJD, Gabriel Senra da Cunha Pereira, explicou o processo de análise da súmula das partidas. “Pelo que consta da súmula, só as duas condutas seriam passíveis de denúncia, que são os dois cartões vermelhos (a Rafinha, do Cruzeiro, e Adilson, do Atlético). Só que a procuradoria não tem denunciado, como regra, cartão vermelho pelo segundo amarelo”, disse.
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