“Rebaixamento? Ninguém pensa em rebaixamento não. Estamos vivendo um momento difícil, mas não vamos por essa situação. Dependemos só das nossas vitórias para voltar a ter um ambiente tranquilo no Cruzeiro. Esse atual momento ficou um pouco grandioso, porque o Cruzeiro sempre vivenciou disputa de título. Quando você passa por um momento assim, sempre a bola de neve aumenta. É importante ressaltar que dependemos só do nosso empenho”, analisou.
A 12 rodadas do fim do Brasileirão, o Cruzeiro está na 16ª colocação, quatro pontos acima da zona de rebaixamento. Embora o time tenha somado apenas dois pontos nos últimos 21 em disputa, Fábio vê o clube mineiro distante daquilo que ele já vivenciou enquanto esteve no Vasco. Enquanto atuava pela equipe carioca, o goleiro sempre se manteve na elite do futebol nacional, mesmo sem receber salários.
“Já vivi situações muito mais difíceis em termos de rebaixamento. A gente não recebia, não tinha uma equipe de muita qualidade para sair dessa situação difícil, mas saímos. Com muita luta, empenho e entrega. Não vejo o Cruzeiro numa situação como aquela que vivi alguns anos atrás. Temos que separar esse momento de dificuldade, mas não colocando de forma totalmente negativa, porque temos todas as condições de sair. Uma vitória e as coisas começarão a engrenar para a gente melhorar na tabela”, disse.
Acostumado com más campanhas no Vasco, o goleiro cruzeirense chegou a se confundir quando questionado sobre os momentos negativos no clube carioca. Fábio citou 2001 como um ano ruim, mas o time cruzmaltino ficou em 11º entre 28 participantes, 12 pontos acima da zona de rebaixamento.
Em 2002, o Vasco ficou apenas seis pontos à frente da zona da degola. No ano seguinte, essa margem caiu para cinco pontos. Já em 2004 foi a pior situação, com apenas quatro pontos separando o time carioca do grupo de queda para a Série B.
Para Fábio, aquela fase o levou a crescer. “Acho que foi 2001, 2002, 2003, 2004. Foi uma sequência, momentos difíceis que passei, mas foram importantes para crescer profissionalmente e na vida pessoal. Cresci na hombridade para respeitar atletas, independentemente de clube e posição na tabela”, destacou.