O acordo de 25 anos para mandar 100% dos jogos no Mineirão é encarado pela diretoria do Cruzeiro como um novo divisor de águas na vida do clube. Quando o Gigante da Pampulha foi inaugurado, em 1965, o time celeste passou de terceira força de Minas a um clube de ponta do futebol sul-americano em poucos anos. Agora, com o novo contrato, o presidente Gilvan espera novos ares na vida do clube.
A primeira providência do mandatário será estilizar o estádio nos jogos do Cruzeiro. Uma série de ações de marketing estão sendo estudadas para deixar o estádio com a cara do clube. O Cruzeiro também terá uma loja oficial na esplanada sul do estádio, a ser inaugurada em fevereiro, um museu e, futuramente, um bar temático.
Torcida única
Questionado sobre a definição de torcida única no clássico de reabertura do estádio, em 3 de fevereiro, Gilvan foi evasivo e voltou a pedir uma garantia do Atlético de que, quando o mando for do rival, a partida também seja disputada no Mineirão, com duas torcidas. O presidente aproveitou para alfinetar os atleticanos, dizendo que o Cruzeiro quer “mostrar sua casa aos rivais”.
“Não temos nenhuma definição sobre a torcida. O mando de campo é do Cruzeiro. Estamos de corações abertos para receber os clubes. Temos interesse em mostrar a nossa casa para os rivais. Mas, não é justo que o Cruzeiro, que vai mandar os seus jogos no Mineirão que comporta 62 mil pessoas, divida a torcida, enquanto outros clubes façam jogos em estádios mais acanhados, onde a Polícia Militar não permita duas torcidas. Se necessário, faremos jogos com torcida única”, disse Gilvan.