Cruzeiro

Cruzeiro muda perfil, deixa de ceder atletas e passa a desfalcar rivais nacionais

Clube havia perdido jogadores para outras equipes brasileiras, mas mudou postura

Luiz Martini

Cruzeiro deixou de ceder jogadores e ainda trouxe peças importantes de rivais brasileiros

O Cruzeiro de 2013 parece estar disposto a apagar a impressão ruim deixada nos dois últimos nacionais. Com um foco diferente na gestão do futebol, o time celeste mudou uma situação que incomodava os torcedores: vender jogadores aos rivais brasileiros. Se antes o time celeste perdia atletas, agora o momento é de vencer a concorrência dos demais para trazer reforços. Foi assim nas contratações de Everton Ribeiro, Ricardo Goulart, Dagoberto e, recentemente, Dedé.


Quando liberou jogadores como Jonathan, Henrique (2011), e, posteriormente, Montillo, todos para o Santos, o Cruzeiro foi criticado pela cessão a um rival das competições nacionais. Os dois primeiros foram negociados em 2011 e o argentino saiu em janeiro deste ano. Curiosamente, graças à venda de Montillo, o time azul aumentou seu poder de barganha para ir às compras. Com o dinheiro do acordo, atletas importantes desembarcaram na Toca e o volante Henrique ainda retornou para o clube como forma de compensação.

Agressivo no mercado

O recém-contratado Dedé é a maior contratação da história do clube, superando a vinda de Sorín. Com a ajuda de investidores, mais de cinco milhões de euros foram empregados para trazer o defensor do Vasco. O Cruzeiro superou a concorrência do Corinthians. Outras transações valorizadas no mercado nacional foram a aquisição de Dagoberto, que veio do Internacional por cerca de R$ 7 milhões e Everton Ribeiro, contratado junto ao Coritiba por R$ 4 milhões. O meia Ricardo Goulart, comprado por aproximadamente R$ 1,2 milhão, é outro que engrossa a lista. Artilheiro no Goiás, ele foi disputado por Atlético e Cruzeiro no início do ano.

Não foi apenas com investimento em compras que o Cruzeiro modificou sua ação no mercado. A chegada de jogadores que romperam seus vínculos contratuais para assinar com o time celeste também ocorreu. Dois exemplos dessa tendência são as contratações de Borges (ex-Santos) e Tinga (ex-Internacional), durante o Brasileiro do ano passado.

No 'vai e vem' de atletas, o Cruzeiro ainda perdeu jogadores que se recuperavam de lesão e que não chegaram a um acordo para renovar contrato. Eles foram defender outros times brasileiros. São os casos de Leonardo Silva (Atlético), Fabrício e Wallyson (São Paulo).