O fato de o Villa Nova ter mostrado fragilidade em seu lado direito, que o time celeste soube explorar bem na goleada de ontem, já havia sido observado em jogos anteriores. “Sabíamos que o Rodrigo gosta de avançar junto com o Max Carrasco. O Dagoberto, por isso, tinha de cair e se enfiar por ali. Mas não foi só ele quem caiu por ali. Foi um trabalho conjunto, que envolveu o restante da equipe. Todos participaram”, elogiou Marcelo.
Para o goleiro Fábio, que depois da partida fez questão de tirar fotos com os gêmeos Igor Miguel e Nicole Alissia, de 7 anos, e dar autógrafos aos meninos, a equipe esbanjou determinação. “Atitude e marcação foram os segredos para podermos chegar a essa importante vitória. Mas não tem nada ganho”, exagerou.
Assim dizia também o lateral-direito Mayke, que acabou ganhando mais uma chance com a contusão de Ceará (sofreu pancada no baço no treino de sábado). “A gente tem de trabalhar dia a dia, como estamos fazendo. Assim, nossa chance de chegar ao título aumenta. Mas não podemos pensar que já estamos na decisão. Ainda falta um jogo.”
A qualidade no passe e a marcação firme, para Léo, foram as armas do Cruzeiro. “A equipe conseguiu exercer à risca o que foi determinado pelo Marcelo Oliveira. É importante, por exemplo, ter a posse de bola. Foi por isso que logo no começo mandamos três bolas na trave do adversário. Ali eles se perderam. Com o passe encaixado, pudemos trabalhar para chegar aos gols. Nossa maneira de jogar tem dado tão certo que não sentimos nem mesmo o campo acanhado.”
FUTURO
No Villa, o volante Balotelli, em meio à decepção, procurava tirar lições da derrota. “Agora, temos de fazer cinco gols no Cruzeiro lá no Mineirão para seguir sonhando. É difícil... não, dificílimo... no entanto, não é impossível. Temos de acreditar em nós mesmos.” Ele falava em futuro. “De qualquer forma, nosso projeto não termina aqui. Temos algo maior em que pensar, não só em lutar para chegar à final do Mineiro. Mas esse jogo foi bom para mostrar o que precisamos melhorar para a Série D do Brasileiro. Ainda há muito a corrigir.”