Durante a própria partida, houve protesto por parte dos jogadores do Cruzeiro. Na entrevista coletiva, o técnico Marcelo Oliveira mostrou grande descontentamento. “A arbitragem desse rapaz (Heber Roberto Lopes) foi lamentável. O Damião levou um chute no rosto. Era para ser marcada a falta e o adversário seria expulso. O Atlético teria de recompor a zaga e poderia não fazer o gol”.
Para Marcelo Oliveira, o lance foi determinante para definir a história da partida no Mineirão. O Cruzeiro, que já jogava com um a menos em virtude da expulsão do lateral-direito Fabiano – acertou cotovelada em Carlos –, viu o adversário tomar frente no marcador e apenas administrar a vantagem nos minutos finais do segundo tempo. De acordo com o técnico celeste, o quarto árbitro Luiz Flávio de Oliveira chegou a avisar sobre a irregularidade no lance, mas acabou ignorado por Heber Roberto Lopes.
“Foi decisivo sim. Inclusive o Luiz Flávio, árbitro reserva, disse que falaria com ele (Heber Roberto Lopes). Comentou que houve um chute no rosto, mas o árbitro nada marcou. O lance foi decisivo porque o gol do Atlético saiu imediatamente depois. E talvez lá na frente não tivessem tanta liberdade sem um jogador. Mais uma vez fomos prejudicados por esse árbitro”, dispara Marcelo, lembrando a atuação de Heber na derrota do Cruzeiro para o Atlético, em 2014, pelo Campeonato Brasileiro. Naquela ocasião, o juiz deixou de assinalar um pênalti do argentino Otamendi, que cortou um drible do atacante Luan com a mão esquerda.
De acordo com o treinador, o Cruzeiro fez boa partida, mas, além de ser prejudicado pela arbitragem, pecou por excesso de ansiedade e também na expulsão do lateral-direito Fabiano.
“Não foi uma postura acuada e nem absolutamente na frente. Tentamos fazer de intermediária a intermediária. Tanto que marcamos forte no início e fizemos gol, mesmo com a vantagem do empate, que não poderia ser protegida. Tínhamos a pretensão de fechar o time apenas no final, mas não foi possível. O Fabiano foi expulso inocentemente, pois ele poderia tirar a bola de cabeça. É mais alto que o Carlos. Pedi aos atletas que não entrassem nas provocações do adversário. Foi alertado”, destaca.
Fora da decisão do Campeonato Mineiro, o Cruzeiro terá pouco tempo de descanso antes da partida contra o Universitario de Sucre, terça-feira, no Mineirão, pela última rodada da fase de grupos da Copa Libertadores. Caso queira se classificar sem depender do resultado de Mineros-VEN x Huracán-ARG, a Raposa é obrigada a vencer em Belo Horizonte.