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Marcelo descarta pressão após eliminação do Cruzeiro: 'Me apego ao trabalho, não a emprego'

Treinador ressalta bom trabalho feito de forma honesta e garante não temer as críticas

Redação

Marcelo minimiza pressão após derrota de virada e eliminação no Mineiro diante do Atlético

O técnico Marcelo Oliveira descartou o clima de pressão após a eliminação do Cruzeiro na semifinal do Campeonato Mineiro, com derrota contra o Atlético, de virada, por 2 a 1, neste domingo, no Mineirão. O treinador acredita que a queda no Estadual diante do arquirrival não apaga o bom trabalho à frente do clube nos anos anteriores, coroados com dois títulos brasileiros. Em entrevista coletiva após o clássico, Marcelo ressaltou o comprometimento com o time, garantiu não se importar com as críticas e rechaçou o receio de perder o cargo.


“Nós ganhamos dois brasileiros de forma brilhante e formamos um time. Fizemos um novo time naquela oportunidade e ganhamos um Mineiro com campanha invicta. Sempre falamos que era um trabalho conjunto, de comissão técnica, diretoria e jogadores. Penso que é da mesma forma. No Brasil, a cultura é cair em cima do treinador. Estou seguro e confiante em tudo que estamos fazendo. Estamos tentando fazer o melhor sempre, colocando o time ofensivo, para frente. Estou pronto para receber qualquer tipo de crítica e qualquer situação que possa acontecer. Eu não temo nada. Aliás, eu não tenho apego algum a emprego, eu tenho ao trabalho. Sou honesto, leal e faço o melhor trabalho”, comentou.

Marcelo afirma que a pressão sobre os técnicos é uma cultura antiga no futebol brasileiro, e sempre pelos mesmos motivos. Em comparação ao folclórico Cafunga, ele se referiu sobre a substituição de Arrascaeta, autor do gol celeste no clássico, que deixou o campo para a entrada de Mayke, após a expulsão do lateral-direito Fabiano.

“Desde o tempo do Cafunga, sempre quando você perde um jogo é por causa de escalação ou substituição. Isso é uma cultura no brasil. Eu poderia ter tirado um, colocado outro, mas vou para casa tranquilo, com a convicção e consciência de que estou fazendo o melhor trabalho. E honestamente”, reiterou.

Em análise da partida, Marcelo destacou as chances criadas pelo Cruzeiro, mas admitiu que faltou tranquilidade aos jogadores. Na opinião do treinador celeste, o rival foi mais eficiente na partida.

“O Cruzeiro não precisava da vitória, já que o empate bastava, mas fez o primeiro gol e criou outras oportunidades para ampliar. Mas faltou um pouco de tranquilidade, menos ansiedade e poder de decisão. O adversário talvez não teve tantas oportunidades, mas foi mais efetivo. Ficaria chateado se tivesse chegado ao vestiário e falado sobre um time passivo, que não lutou. Mas não foi assim”, concluiu.