Cruzeiro

Substituto de Bruno Vicintin na base fala sobre gestão empresarial e "oxigenação" no Cruzeiro

Aos 46 anos, Antonio Assunção será apresentado na Toca I na próxima semana

Tiago Mattar

Gilvan, Antônio Assunção e Vicintin em Buenos Aires, quando o Cruzeiro enfrentou o River pela Libertadores
Promovido ao cargo de vice-presidente de futebol do Cruzeiro, Bruno Vicintin anunciou, nessa terça-feira, seu substituto na superintendência das categorias de base. Conselheiro do clube há dez anos, o engenheiro e arquiteto Antonio Assunção, de 46 anos, será apresentado na segunda-feira aos funcionários da Toca da Raposa I por Márcio Rodrigues, vice-presidente responsável pela base.


Em entrevista ao Superesportes, o profissional se apresentou, falou sobre sua história como torcedor do Cruzeiro, deu indícios sobre sua diretriz de trabalho na base e elogiou o período de “oxigenação” que o clube vive, com mudanças recentes na gestão do departamento de futebol. “Sou extremamente sério, apaixonado pelo clube. A torcida pode esperar de mim dedicação e esforço para fazer do clube cada vez maior”, prometeu o novo dirigente em sua primeira entrevista depois do anúncio.

Leia, na íntegra, a entrevista com Antonio Assunção:

Como você recebeu o convite do Cruzeiro?

Assunção disse que frequentou o Mineirão por mais de 30 anos sem perder um jogo sequer
Quem me fez o convite agora pela manhã (terça-feira) foi o Márcio Rodrigues (vice-presidente do clube). Sou muito próximo do Gilvan, ele que me levou para o conselho há dez anos, sou uma pessoa da confiança dele. Também tenho certa amizade com o Bruno (Vicintin), com o Serginho (Rodrigues, superintendente de negócios internacionais do Cruzeiro). Espero que dê tudo certo.

Conte-nos sobre sua trajetória na carreira profissional e como torcedor do Cruzeiro.

Sou casado, pai de dois filhos, sou bastante reservado. Quanto ao futebol, comecei a ir no campo em 1977 e fiquei praticamente 30 anos sem perder um jogo no Mineirão, para você ter noção do fanatismo (risos). Profissionalmente, me formei em engenharia e em arquitetura, trabalhei em negócios privados e hoje tenho minha própria empresa.

O Cruzeiro passa por um processo de reformulação. Na mesma medida em que “afasta” os profissionais de carreira, aproxima novas lideranças para cargos importantes. Como enxerga essa mudança?

Aos 46 anos, Antônio é conselheiro do Cruzeiro há 10 anos e muito próximo de Gilvan de Pinho
A gente observa que o Dr. Gilvan e o Dr. Lemos estão comandando uma oxigenação dentro do clube, colocando pessoas diversificadas, qualificadas e jovens para liderar uma guinada. Pela proximidade com o Gilvan, tenho acompanhado essas mudanças muito de perto e sou a favor de todas elas.

Desde que assumiu a vice-presidência, o Bruno Vicintin tem ressaltado a importância de uma gestão empresarial. Sua visão para o futebol é a mesma?

A minha visão é exatamente igual a do Bruno. Profissionalizar tudo. Vou ficar a par de tudo só na segunda-feira, quando o Márcio vai me apresentar na Toca I, mas a intenção é de seguir com essa visão, de profissionalizar cada vez mais o departamento.

Nos últimos anos, a base do Cruzeiro revelou jogadores e rendeu muito dinheiro ao clube com as vendas de Lucas Silva, Wallace e Vinícius Araújo. Qual a meta daqui em diante?

O Cruzeiro sempre teve essa meta. A base tem promovido de três a cinco jogadores ao profissional em cada temporada, mas o máximo que a gente conseguir é o melhor para o clube. Vamos em busca disso.