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Torcida do Cruzeiro marca golaço no Mineirão e homenageia Matheus, garoto com doença rara

Cruzeirenses corresponderam à campanha e gritaram o nome do menino de seis anos

postado em 18/10/2015 11:04 / atualizado em 19/10/2015 14:03

Gilmar Laignier/Superesportes
Antes mesmo de a bola rolar, o Mineirão foi palco de um golaço na manhã deste domingo. A torcida do Cruzeiro homenageou Matheus, de seis anos, que sofre de displasia neuronal no intestino – doença rara que se agravou de forma severa em seu organismo e fez com que ele vivesse em uma cama de hospital por um ano. Após apelo de sua mãe, Gecilene Oliveira, o garoto, que perdeu a visão, teve o nome gritado pelos cruzeirenses ao entrar em campo pouco antes da partida contra o Fluminense.

“Olê, olê, olê, Matheus, Matheus” foi um dos gritos que embalaram a entrada de Matheus no gramado do Mineirão. Como não consegue se alimentar por vias naturais, ele precisa carregar consigo uma sona constantemente. Em visita à Toca da Raposa na última sexta-feira, o garoto ouviu a promessa do goleiro Fábio de que receberá sua camisa após a partida contra o Fluminense. Já neste domingo, o atacante Willian foi quem o carregou quando as equipes se dirigiram ao campo de jogo.

Durante as últimas semanas, a mãe de Matheus fez campanha nas redes sociais pedindo aos torcedores do Cruzeiro que gritassem o nome do filho, que perdeu a visão dos dois olhos em função da doença, durante o jogo contra o Fluminense.

Sem cura no Brasil

A família do pequeno Matheus vive um drama com a doença do garoto. A única possibilidade de cura para o problema consiste em um transplante de intestino, que não é realizado no Brasil. Segundo a mãe, Gecilene, os familiares já estão tentando se organizar para levá-lo a Miami, nos Estados Unidos, onde o procedimento é feito, mas os custos são muito altos.

O médico de Matheus, Marcos Vasconcelos, explica que a doença do garoto é grave e, mesmo com o transplante, a criança correrá riscos. “O prognóstico do caso dele não é muito bom. A cirurgia de transplante de intestino só é feita nos grandes centros e é um procedimento de muito risco. A nutrição parenteral, através da veia, foi um sucesso para ele, mas o paciente fica dependente disso”, ponderou.