Cruzeiro

Cinco razões para o Cruzeiro ter igualado suas maiores séries invictas nos pontos corridos

Equipe de Mano Menezes repetiu feito alcançado por time bicampeão brasileiro

Vários fatores ajudaram Cruzeiro de Mano
Desde que perdeu para o Flamengo, por 2 a 0, em 10 de setembro, o Cruzeiro não sabe o que é derrota. A série de 12 jogos de invencibilidade repetiu os recordes alcançados pelo clube na era dos pontos corridos do Brasileirão. Cinco fatores ajudam a entender como os comandados de Mano Menezes conseguiram repetir o feito do time bicampeão nacional em 2013 e 2014.


Evolução de defesa e ataque

Na série de 12 jogos sem derrotas, o Cruzeiro evoluiu tanto defensivamente quanto ofensivamente. Enquanto a equipe balançou as redes 19 vezes, o goleiro Fábio foi vazado apenas em oito oportunidades. Assim, houve evolução nas médias de gols feitos e sofridos.

Nas primeiras 24 rodadas do Brasileirão, a Raposa sofreu um gol por jogo. No período de invencibilidade, esse número caiu para 0,6. Já o ataque aumentou a média de gols marcados de 0,9 por partida para 1,5.

Maior participação ofensiva

Para ajudar o ataque a melhorar a média de gols marcados, vários jogadores colaboraram. Em 36 rodadas do Campeonato Brasileiro, 17 atletas cruzeirenses anotaram gols. Apenas nos 12 jogos de invencibilidade, nove deles superaram os goleiros adversários.

O artilheiro da equipe no período sem derrotas é o atacante Willian, com seis gols. Marcos Vinícius, De Arrascaeta e Leandro Damião balançaram as redes duas vezes cada. Já Willians, Fabrício, Ceará, Fabiano e Alisson anotaram um tento.

Aproveitamento de vice-líder. Rendimento de campeão fora de casa

No período sem derrotas, o Cruzeiro venceu seis partidas e empatou outras seis. Com 24 pontos somados, a equipe atingiu 66% de aproveitamento. Se mantivesse esse ritmo desde o início da competição, a Raposa estaria na segunda colocação, à frente do arquirrival Atlético.

Já quando o assunto é fora de casa, o time comandado por Mano Menezes é ainda mais eficiente. Na série de invencibilidade, o Cruzeiro jogou cinco vezes longe de Minas Gerais, conquistou duas vitórias e três empates. Esses números resultam num aproveitamento de 60% dos pontos disputados. Com o título já confirmado, o Corinthians é o melhor visitante do Brasileirão, com rendimento de 57% enquanto joga na casa do adversário.

Manutenção da base

Tornou-se rotina nas entrevistas coletivas na Toca da Raposa II o argumento de que Mano Menezes deu confiança aos jogadores. Isso, segundo os próprios atletas, foi possível através da manutenção da equipe. E os números indicam que o treinador pouco mexe no time titular.

Nos 12 jogos sem revés, sete jogadores foram titulares em pelo menos 10 partidas. O goleiro Fábio e o volante Ariel Cabral não desfalcaram o Cruzeiro nem uma vez sequer. Já o zagueiro Manoel, o volante Henrique e o atacante Willian participaram de 11 partidas nesse período. O zagueiro Bruno Rodrigo e o lateral-esquerdo Fabrício vêm logo atrás nesse quesito, com 10 participações.

Força da torcida

Enquanto a torcida do Cruzeiro demonstrava impaciência e pouca esperança enquanto a equipe era comandada por Vanderlei Luxemburgo, esse cenário mudou com Mano Menezes. E o retorno do apoio dos cruzeirenses foi determinante para que o time reagisse no Brasileirão e atingisse os 12 jogos de invencibilidade.

Desde que o Cruzeiro foi derrotado pelo Flamengo, no Maracanã, apenas uma partida da equipe no Mineirão teve menos de 20 mil pagantes – o empate com o Vasco, por 2 a 2, registrou público de 19.888 pessoas. No período de invencibilidade, o clube celeste manteve média de 30.845 pagantes em seus compromissos no Gigante da Pampulha.