Aos 28 anos, o agora camisa 5 tem se esforçado para ajudar a equipe, dentro e fora de campoEle tem sido o cicerone dos compatriotas Sánchez Miño, Matías Pisano e Lucas Romero e também do brasileiro-uruguaio-italiano Federico Gino, função para a qual conta com a ajuda do uruguaio De Arrascaeta.
Uma das primeiras preocupações dos estrangeiros é aprender o portuguêsEles afirmam ter facilidade para entender o que é dito pelos brasileiros, mas as coisas se complicam no momento de falarNada que atrapalhe o desempenho, garante Ariel Cabral: “Digo a eles que neste início é um pouco difícil, mas em pouco tempo a questão do idioma fica mais tranquila”.
Para ele, os hermanos têm tudo para se dar bem no Brasil, e só precisam se sentir à vontade para mostrar o que sabem“No Brasil há mais espaço para jogarPor isso, os argentinos se adaptam bem, há mais tempo para decidir qual a melhor jogada a ser feita”, comenta.
Como os demais jogadores, Ariel Cabral trabalhou sob forte calor na manhã de ontem, o que, para ele, não chega a ser problema, apesar de reconhecer que as temperaturas em Belo Horizonte são bem mais altas do que na ArgentinaPelo calor e também por ser início de temporada, o volante não teve muito tempo ainda para ajudar os companheiros fora da Toca da Raposa IIA prioridade, segundo ele, é o trabalho“Fora de campo a gente também conversa sempre, tem aquele papo na hora de tomar o mateMas ainda não deu muito para irmos a um restaurante, mostrar a cidade, tem sido só treino e descanso
ESQUEMA Desde que foi efetivado como treinador, Deivid vem tentando implantar um novo esquema no Cruzeiro, com apenas dois volantes de marcação, em vez de três, como era com o antecessor Mano MenezesIsso tem sobrecarregado Ariel Cabral e Henrique, até porque os homens da frente ainda não conseguem fazer a recomposição defensiva corretamente e durante todo o jogo.
Para o argentino, porém, o acerto é questão de tempo: “É importante que todos se adaptem rapidamente ao novo esquemaAté agora foi difícil porque jogamos com dois volantes e quatro atacantesMas, com os treinos, vamos encaixar, sendo inteligentes e sabendo variar a formação, saindo do 4-2-3-1 para o 4-3-3 ou 4-2-4, dependendo das situações”.
ESTRELADAS...
Com três volantes
Ontem pela manhã, Deivid mesclou titulares e reservas no treino, formando três times, todos com dois laterais, dois zagueiros, dois volantes, três armadores e um atacante, no tradicional 4-2-3-1À tarde, no entanto, ele testou a equipe titular com três volantes: Henrique, Ariel Cabral e Bruno RamiresA preparação para pegar o Tupi, domingo, no Mineirão, continua hoje à tarde.
Sem retorno
O Cruzeiro garante não ter tentado a volta do volante Lucas Silva, negociado com o Real Madrid há pouco mais de um ano e que não se firmou na EuropaO jogador está emprestado ao Olympique de Marselha, que tentou repassá-lo ao Anderlecht, da Bélgica, mas não houve acertoA direção celeste alega ter muitos volantes no grupo: Ariel Cabral e Henrique vem sendo titulares, enquanto Bruno Ramires, Uillian Correia, Marciel, Gino, Lucas Romero e Sánchez Miño lutam por espaço.