Quando assumiu, Gilvan herdou o técnico Vagner Mancini da direção Zezé PerrellaLogo no começo de 2012, as eliminações para América e Atlético-PR no Campeonato Mineiro e na Copa do Brasil, respectivamente, culminaram na demissão de ManciniPara repor a saída, o presidente contratou Celso Roth.
Mancini e Roth podem ser considerados de ‘escolas’ opostas de futebolO primeiro pregava um futebol mais ofensivoApesar das dificuldades que enfrentou, ele, por exemplo, dirigiu o Cruzeiro na goleada por 6 a 1 contra o Atlético, na Arena do Jacaré, no Brasileiro de 2011Por sua vez, Roth sempre foi conhecido por ser um treinador 'linha dura' e que privilegia a defesa em detrimento da força ofensivaNo dia a dia, era autoritário, diferentemente de Mancini.
Um fato curioso é que antes de acertar com Roth, o presidente procurou Adilson BatistaEle preferiu cumprir contrato com o Atlético-GO, equipe que tinha acabado de assumir, e nunca mais foi procurado pela diretoria estrelada.
Sem os resultados esperados, Roth não teve o vínculo prorrogado
Para substituir Marcelo, Gilvan se voltou para o passado
Luxemburgo não era o mesmoMudou até no discursoDiante de cada derrota do Cruzeiro – conseguiu apenas seis vitórias em 19 jogos -, para quem poderia esperar indignação de alguém tão habituado a levantar troféus, dava mostras de aceitaçãoEra o oposto de Marcelo até nos treinamentosMuitos deles eram dirigidos pelo auxiliar Deivid, que, de fato, conhecia mais o time que LuxaEm agosto de 2015, Luxemburgo não resistiu ao trabalho inconsistente.
A temporada, contudo, começou de forma inesperadaDeivid assumiu o comando do Cruzeiro após Mano Menezes aceitar proposta milionária do futebol chinêsCom características distintas de seu antecessor, Deivid propôs um novo CruzeiroEle desprezou completamente o legado de Mano, iniciando a temporada com um time com quatro atacantes, como ele mesmo disse, antes da estreia celeste na temporada contra o Criciúma, pela Primeira LigaO time foi escalado com Arrascaeta, Marcos Vinícius, Alisson e WillianDeivid não conseguiu encontrar um norte e caiu.
Vale ressaltar que outros clubes do Brasil também não apresentam continuidade na filosofia de futebol.
Mudanças na direção de futebol
As mudanças na direção de futebol também não seguem lógica algumaGilvan herdou Dimas Fonseca de Zezé PerrellaA rejeição da torcida era tanta ao antigo braço direito de Zezé que o próprio Dimas se desligou do clube após a queda do time na Copa do Brasil para o Atlético-PR, em 2012
O substituto foi um jovem com perfil arrojado e cruzeirense de arquibancadaAlexandre Mattos é considerado um dos acertos da administração GilvanAmbicioso, ele foi um dos líderes da ascensão do time bicampeão brasileiro.
No fim de 2014, Mattos resolve sairConhecido por ser apegado às suas ideias, Gilvan não concordava com algumas mudanças propostas pelo diretorO novo nome para a diretoria de futebol foi uma indicação de Luxemburgo, então técnico celesteExperiente, Isaísas Tinoco começou no futebol na década de 1970Antes de assumir, contudo, estava esquecido na base do Vasco da GamaSeus últimos trabalhos de relevância foram na década de 1990No Cruzeiro, ele não foi felizCerta vez afirmou: “Dizem que a torcida do Cruzeiro não é a maior de Minas”.
Com a saída de Tinoco, Valdir Barbosa e Benecy Queiróz, fuincionários de longa data do clube, dividiram a função, e a dupla também não foi bemO primeiro acabou deixando a Toca e se tranferindo para o Coritiba, onde ainda está, enquanto o segundo se envolveu em uma polêmica, depois de dizer que havia subornado um árbitro, e acabou suspensoO atual diretor de futebol do Cruzeiro é jovem, acadêmico e bem relacionadoThiago Scuro, de 33 anos, foi diretor executivo do Red Bull Brasil e é formado em Ciência do Esporte na Universidade Estadual de LondrinaSeu trabalho, contudo, já vem enfrentando certa resistência da torcida.