Superesportes

20 ANOS DA COPA DO BRASIL'1996

Para ex-lateral Nonato, Copa do Brasil de 1996 foi sua maior glória como capitão do Cruzeiro

Camisa 6 recebeu a taça da Copa do Brasil após time celeste bater o Palmeiras

Rafael Arruda
Nonato foi o responsável por levantar o troféu da Copa do Brasil pelo Cruzeiro em pleno Parque Antártica - Foto: EM
Sete anos, mais de 300 jogos, 22 gols marcados e muitos títulos. O ex-lateral-esquerdo Nonato tem histórias de sobra para contar no Cruzeiro. Ao falar sobre o momento mais marcante, o antigo camisa 6 não tem a menor dúvida ao colocar a conquista da Copa do Brasil de 1996 como a melhor das sensações defendendo o clube celeste. Motivos não faltam ao potiguar nascido em Mossoró, que vive em Belo Horizonte desde o fim da carreira profissional, em 2002. Entre as principais explicações estão a condição de capitão da equipe naquela ocasião e a superação diante do poderoso Palmeiras de Rivaldo, Djalminha, Luizão, Muller, Cafu e cia.


“Levantar o troféu da Copa do Brasil foi, sem dúvidas, um grande momento da minha carreira. Talvez o maior como capitão. O Palmeiras tinha um ótimo time, que era considerado o melhor do Brasil. Diria que 90% daquela equipe tinha jogado ou ao menos era cotada na Seleção. E depois daquele título, o Cruzeiro passou a ser visto de maneira diferente. Ficamos em primeiro lugar no Campeonato Brasileiro (na fase classificatória), fomos vice-campeões da Supercopa. Foi um ano muito bom”, explicou o ex-jogador, em entrevista ao Superesportes.

Hoje aos 49 anos, Nonato lembra de cada detalhe daquele 19 de junho de 1996. A começar pela preleção no vestiário do Palestra Itália, onde tomou a palavra após ouvir o técnico Levir Culpi e o presidente Zezé Perrella.

Cruzeiro comemora título da Copa do Brasil de 1996 no Parque Antarctica

Jogadores do Cruzeiro comemoram o título da Copa do Brasil de 1996 sobre o Palmeiras no Parque Antarctica - Jorge Gontijo/EM/D. A Press
Jogadores do Cruzeiro comemoram o título da Copa do Brasil de 1996 sobre o Palmeiras no Parque Antarctica - Jorge Gontijo/EM/D. A Press
Jogadores do Cruzeiro comemoram o título da Copa do Brasil de 1996 sobre o Palmeiras no Parque Antarctica - Jorge Gontijo/EM/D. A Press
Jogadores do Cruzeiro comemoram o título da Copa do Brasil de 1996 sobre o Palmeiras no Parque Antarctica - Jorge Gontijo/EM/D. A Press
Jogadores do Cruzeiro comemoram o título da Copa do Brasil de 1996 sobre o Palmeiras no Parque Antarctica - Jorge Gontijo/EM/D. A Press

“Foi um título que ficou marcado na história do Cruzeiro pela boa equipe que o Palmeiras tinha. Sabíamos que era um jogo difícil, mas ao mesmo tempo confiávamos em nossas capacidades. Nossa confiança estava tranquila. Primeiro, o Levir conversou com a gente e falou para jogarmos de maneira tranquila. O Zezé Perrella também falou. Por fim, perguntei para todos os jogadores: ‘Dida, você é pior que o Velloso? Vitor, você é pior que o Cafu?’. E assim foi. Mesmo com o gol tomado, logo aos cinco minutos de jogo, mantivemos a calma. Empatamos ainda no primeiro tempo, com Roberto Gaúcho. No segundo, levamos um bombardeio, em que o Dida fez grandes defesas, o Fabinho tirou outra também. No fim, o Marcelo se aproveitou da bola soltada pelo Velloso e e fez o gol”.


Apesar de grande parte da imprensa nacional já dar como encaminhada a conquista do Palmeiras após empate por 1 a 1 no Mineirão, Nonato disse que a confiança do Cruzeiro jamais foi abalada, até pelas presenças de atletas experientes e acostumados a disputar grandes decisões.

“O Cruzeiro tinha um grupo muito experiente. Tinha o Dida, no grupo há mais de dois anos; o Vitor, campeão mundial pelo São Paulo; eu mesmo já havia ganhado a Copa do Brasil pelo Cruzeiro, o Célio Lúcio também. Gelson, Palhiha, Cleisson, Marcelo... o time era experiente e não temeu, em momento algum, a maioria palmeirense no estádio”.

Logo aos 5min, Luizão abriu o placar para o Palmeiras. O Cruzeiro igualou ainda no primeiro tempo, com Roberto Gaúcho. No fim do segundo tempo, aos 38min, Marcelo Ramos se aproveitou de falha do goleiro Velloso e fez 2 a 1, resultado que garantiu o bicampeonato da competição à equipe celeste. Nonato destacou a participação decisiva da dupla de ataque.


“O Roberto Gaúcho sempre foi um jogador extrovertido que gostava de jogar partidas difíceis. Tanto que fez o gol e foi de frente para o banco de reservas do Luxemburgo. Bateu no peito. O Marcelo, um cara mais tranquilo, também fazia muitos gols e nos ajudou em muitas competições".

Lances de Cruzeiro 1x1 Palmeiras


Lances de Palmeiras 1x2 Cruzeiro


Recepção da torcida ao time do Cruzeiro campeão da Copa do Brasil 1996

Ainda na noite da conquista, torcida começou a fazer festa nas ruas de Belo Horizonte - EM/D. A Press
Concentração da torcida no Aeroporto da Pampulha antes da chegada do time - Juarez Rodrigues/EM/D. A Press
Torcida do Cruzeiro lotou as ruas de BH em 20/06/1996 para recepcionar o time campeão da Copa do Brasil - Juarez Rodrigues/EM/D. A Press
Torcida do Cruzeiro lotou as ruas de BH em 20/06/1996 para recepcionar o time campeão da Copa do Brasil - Juarez Rodrigues/EM/D. A Press
Torcida do Cruzeiro lotou as ruas de BH em 20/06/1996 para recepcionar o time campeão da Copa do Brasil - Juarez Rodrigues/EM/D. A Press
Torcida do Cruzeiro lotou as ruas de BH em 20/06/1996 para recepcionar o time campeão da Copa do Brasil - Juarez Rodrigues/EM/D. A Press
Páginas do jornal Estado de Minas em 21/06/1996, com cobertura da festa da torcida na chegada do time - Jair Amaral/EM/D.A Press/Reproducao
Páginas do jornal Estado de Minas em 21/06/1996, com cobertura da festa da torcida na chegada do time - Jair Amaral/EM/D.A Press/Reproducao
Páginas do jornal Estado de Minas em 21/06/1996, com cobertura da festa da torcida na chegada do time - Jair Amaral/EM/D.A Press/Reproducao
Páginas do jornal Estado de Minas em 21/06/1996, com cobertura da festa da torcida na chegada do time - Jair Amaral/EM/D.A Press/Reproducao