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CRUZEIRO

Goleada histórica do Cruzeiro sobre o Santos de Pelé completa 50 anos nesta quarta-feira

No dia 30 de novembro de 66, o time celeste bateu o então penta brasileiro por 6 a 2

Thiago Madureira
Em pé: Neco, Pedro Paulo, William, Procópio, Piazza e Raul. Agachados: Natal, Tostão, Evaldo, Dirceu Lopes e Hilton Oliveira. Com esta formação, o Cruzeiro bateu o Santos de Pelé por 6 a 2 no Mineirão e fez história - Foto: O Cruzeiro / Arquivo Estado de Minas

O dia 30 de novembro nunca será esquecido pelos cruzeirensesHá 50 anos, o clube foi capaz de uma proeza que causou espanto no mundo do futebolComandado por Aimoré Moreira, o time celeste venceu o Santos de Pelé, então pentacampeão da Taça Brasil, por 6 a 2 no Mineirão, um dos jogos mais importantes da história do futebol brasileiro.

Era o primeiro passo para uma conquista inéditaO outro jogo da final foi disputado no dia 7 de dezembro, no Pacaembu, em São PauloO Cruzeiro não tomou conhecimento dos donos da casa e venceu por 3 a 2O futebol mineiro, pela primeira vez, mostrava sua força nacionalmente.

O título do Cruzeiro era inesperado porque o Santos era praticamente imbatívelO time praiano exercia uma soberania nacional de cinco anosLiderado por Pelé, conquistou os brasileiros de 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965, além de ter ganhado o Mundial em 1962 e 1963Toda a campanha passou pelo Gigante da PampulhaNaquele campeonato, o Cruzeiro superou Americano, Grêmio e Fluminense, além do Peixe.

“A conquista foi o pontapé inicial e teve a história enriquecida pela decisão com o grande Santos, o melhor time do mundoTínhamos uma equipe muito jovem
Admito que ficamos muito surpresos com a nossa capacidade, não tínhamos consciência da nossa forçaDepois disso, a história do Cruzeiro foi sendo escrita com futebol bem jogado, de conquistasAquele título foi uma semente plantada que gerou frutos”, explica o capitão Piazza, que ergueu a taça em 7 de dezembro de 1976, no Pacaembu.

A geração de ouro do Mineirão


“Comparo aquele Cruzeiro ao Santos de Pelé, ao Real Madrid de Di StéfanoEram equipes que gostavam da bola, que jogavam de forma ofensiva, com jogadores fantásticos”A explicação que define a equipe celeste que assombrou o Brasil na década de 1960 é do ex-zagueiro Procópio, um dos líderes daquela geraçãoIntegrante de outras grandes formações, como a “Academia” do Palmeiras que representou a Seleção Brasileira na inauguração do Mineirão, Procópio exalta os campeões celestes“Tinha dois jogadores fantásticos: o Tostão, que era um gênio e participou naquele mesmo ano da Copa do Mundo, e Dirceu Lopes, um jogador dinâmico, táticoEra um time que dava show, que com a bola jogava e sem ela, marcavaQuem viu aquele Cruzeiro lamenta o nível do futebol brasileiro atual”, avalia.
 

Caminho da taça para a Raposa


1ª fase
Cruzeiro 4 x 0 Americano (Estádio Godofredo Cruz - Campos)
Gols: Tostão, Natal, Zé Carlos e Evaldo

Cruzeiro 6 x 1 Americano (Mineirão)
Gols: Evaldo (2), Marco Antônio (2), Zé Carlos e Zé Alcindo (contra)

Quartas de final
Cruzeiro 0 x 0 Grêmio (Olímpico)

Cruzeiro 2 x 1 Grêmio (Mineirão)
Gols: Marco Antônio e Tostão

Semifinais
Cruzeiro 1 x 0 Fluminense (Mineirão)
Gol: Evaldo

Cruzeiro 3 x 1 Fluminense (Maracanã)
Gols: Evaldo (2) e Dalmar

As finais


Cruzeiro 6 x 2 Santos
Cruzeiro: Raul, Pedro Paulo, William, Procópio, Neco, Piazza, Dirceu Lopes, Tostão, Natal, Evaldo e Hilton OliveiraTécnico: Aimoré Moreira

Santos: Gilmar, Carlos Alberto, Mauro, Oberdan, Zé Carlos, Zito, Lima, Pelé, Dorval, Toninho e Pepe
Técnico: Lula

Gols: Dirceu Lopes (3),  Zé Carlos (contra), Natal e Tostão

Cruzeiro 3 x 2 Santos
Cruzeiro: Raul, Pedro Paulo, William, Procópio, Neco, Piazza, Dirceu Lopes, Tostão, Natal, Evaldo e Hilton OliveiraTécnico: Aimoré Moreira

Santos: Claudio, Lima, Haroldo, Oberdan, Zé Carlos, Zito, Mengálvio, Pelé, Amauri (Dorval), Toninho e EduTécnico: Lula

Gols: Tostão,  Dirceu Lopes e Natal