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Scuro fala em 'legado', explica pedido de demissão e comemora 'portas abertas' no Cruzeiro

Em entrevista, diretor de futebol disse que exercerá cargo até este sábado

Rafael Arruda
Após pouco mais de um ano na diretoria de futebol do Cruzeiro, Thiago Scuro deixa o clube - Foto: Leandro Couri/EM
A tarde desta terça-feira foi movimentada no CruzeiroAlém das entrevistas de Bruno Vicintin e Dedé, foi momento de Thiago Scuro falar com a imprensa na Toca da Raposa IIO diretor de futebol respondeu perguntas e explicou o motivo da saída do clube, noticiada nesse sábado pelo Superesportes.

“Nos últimos meses, vinha refletindo questões conceituais, de onde eu vim, se esse é o caminhoQuando um profissional abre mão de um emprego como esse, é porque algo não foi satisfatórioNão acho legal abrir isso externamenteÉ uma decisão profissional por entender que onde quero estar em alguns anos o caminho pode ser outro”, disse.

Nos bastidores, sabe-se que um dos motivos levados em consideração por Thiago Scuro para a decisão de deixar o Cruzeiro foi a falta de autonomia para tomar certas decisõesApesar de o pedido de demissão ter sido feito há algumas semanas, o diretor disse que ainda não negociou com outros clubes.

“Não abri negociação com ninguémNão faz parte da minha índole de trabalhar aqui no Cruzeiro e negociar com outra equipeA partir da semana que vem estarei à disposição de conversar com outros clubes e fazer o que é melhor para minha carreira”, disse.

Scuro permanecerá no cargo até este sábadoEle auxiliou o clube em algumas das negociações feitas até aqui para a temporada 2017A última delas foi a renovação do contrato do zagueiro Dedé, anunciada também nesta terça-feira.

“As situações já noticiadas estão concluídas
O último ato, da renovação do Dedé, foi hojeAgora está sendo período de passar o andamento para outras pessoas e deixar tudo de forma organizada para quem estiver no meu lugarÉ nesse sentido que estarei dedicado até o sábado”, afirmou Scuro.

O diretor aproveitou também para agradecer ao Cruzeiro e falar em “legado”Ele assumiu o clube em 24 de setembro de 2015.

“O diretor executivo tem papel menos decisivo no futebol do que imprensa e senso comum pensamFica um legado de alguns processos, de alguns departamentos que não existiamAcho que o saldo é positivo tanto para mim, quanto para o CruzeiroQueria agradecer ao presidente Gilvan (de Pinho Tavares) e ao Bruno (Vicintin) pela oportunidade de estar aquiNão é uma ruptura com briga e nem desavençasEncerro esse ciclo satisfeito por ouvir do Bruno que as portas estão abertas”, completou.

Substituto

O Cruzeiro trabalha nos bastidores para anunciar o quanto antes o novo diretor de futebol do clubeAtualmente no Palmeiras, Alexandre Mattos foi contatado por Bruno Vicintin, vice-presidente do clube mineiro.

“É um mercado escasso
Desde ontem (segunda-feira), tem muitas especulaçõesProcurei o Alexandre Mattos, mas ele já havia se comprometido com o Palmeiras”, admitiu Vicintin.

O vice-presidente, no entanto, despistou sobre os nomes cogitados pela diretoriaAnderson Barros, do Vitória, foi procurado pelo clubeO nome que ganhou força nos últimos dias foi o de Erasmo Damiani, coordenador das categorias de base da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).