Superesportes

CRUZEIRO

Bem entrosado, quarteto ofensivo é sinônimo de gols e vitórias para o Cruzeiro

Robinho, Alisson, Arrascaeta e Rafael Sobis têm se destacado em 2017

Rafael Arruda
Na temporada 2017, atacante Rafael Sobis marcou dois gols em jogos oficiais e três em amistoso - Foto: Light Press/Cruzeiro/Divulgação
É quase certo que Thiago Neves será titular do Cruzeiro assim que reunir condições legais de jogo. No entanto, fica a pergunta: quem o técnico Mano Menezes vai tirar do time para a entrada do armador? Se depender do rendimento dos primeiros jogos de 2017, a escolha será complicada. O quarteto formado por Robinho, Alisson, Arrascaeta e Rafael Sobis tem proporcionado bons resultados. Juntos em quatro partidas oficiais, eles tiveram interferência direta em oito dos nove gols marcados pela Raposa. Se levado em conta o amistoso contra o Brasília, vencido por 8 a 2, o número de participações sobe para 14 em cinco apresentações (veja a relação no fim da matéria). A consequência desse entrosamento é o aproveitamento de 100% no ano – vice-líder do Campeonato Mineiro (9 pontos), líder do Grupo C da Primeira Liga (6 pontos) e classificado à segunda fase da Copa do Brasil.
Mano Menezes distribui os jogadores do setor ofensivo da seguinte forma: Robinho aberto pelo lado direito; Alisson no lado esquerdo; Arrascaeta adiantado em relação aos dois companheiros e Rafael Sobis como referência no ataque. Defensivamente, Robinho e Alisson recuam e formam linha com os volantes Henrique (destro) e Ariel Cabral (canhoto). Sobis, por sua vez, costuma ajudar mais na marcação que Arrascaeta – o que não tira a obrigação defensiva do uruguaio. Uma coisa é certa: todos os atletas são orientados por Mano a se movimentar e a revezar posições.

Arrascaeta é um dos destaques - Foto: Rudy Trindade/Light Press/Themapress/CruzeiroEssa rotatividade tem envolvido os adversários. Em quatro partidas oficiais com o quarteto – vitórias sobre Villa Nova (2 a 1, pelo Mineiro); Atlético (1 a 0, pela Primeira Liga); Tupi (4 a 0, pelo Mineiro); e Volta Redonda (2 a 1, pela Copa do Brasil) –, o Cruzeiro registrou 84 finalizações, segundo os números levantados pelo Footstats. A média é de 21 chutes a gol por jogo.

A diferença maior foi evidenciada na goleada diante do Tupi, no Estádio Radialista Mário Helênio, em Juiz de Fora. No triunfo por 4 a 0, o Cruzeiro finalizou 32 vezes, sendo 14 em direção à meta – contra apenas seis do Galo Carijó. A superioridade ficou explícita em outros fundamentos: posse de bola (58%) e passes certos (449 a 245).

Já na vitória por 1 a 0 sobre o Atlético, pela rodada de abertura do Grupo C da Primeira Liga, o Cruzeiro não se mostrou tão incisivo na posse de bola, sobretudo quando administrou o placar no decorrer do segundo tempo. Entretanto, o número de chutes a gol dos comandados de Mano Menezes foi bem superior: 12 a 5. Não fosse as boas intervenções do goleiro atleticano Giovanni, o time celeste poderia ter ganhado por diferença maior.

Reservas

Mano Menezes também testou os reservas do Cruzeiro em partidas completas. Em dois jogos – vitórias sobre Tricordiano (2 a 1, pelo Mineiro) e Chapecoense (2 a 0, pela Primeira Liga) –, a produtividade não foi tão alta, porém o time apresentou eficiência. O destaque ficou por conta do argentino Ramón Ábila, autor dos quatro gols celestes nesses confrontos. Ele também deixou sua marca no segundo tempo do amistoso contra o Brasília – Elber anotou o outro tento da equipe suplente.

Participação do quarteto ofensivo nos gols do time titular do Cruzeiro:

Cruzeiro 8x2 Brasília (amistoso) - 6 gols


Villa Nova 1x2 Cruzeiro (1ª rodada do Mineiro) - 2 gols


Cruzeiro 1x0 Atlético (Grupo C da Primeira Liga) - 1 gol


Tupi 0x4 Cruzeiro (3ª rodada do Mineiro) - 3 gols


Volta Redonda 1x2 Cruzeiro (1ª fase da Copa do Brasil) - 2 gols


Rendimento da equipe titular (Footstats)

2 a 1 sobre o Villa Nova


1 a 0 sobre o Atlético


4 a 0 sobre o Tupi


2 a 1 sobre o Volta Redonda