Entre as principais mudanças sugeridas por Gilvan e por seu grupo político está a alteração do artigo que impede conselheiros mais novos de se candidatarem às eleições presidenciais marcadas para o fim deste ano. O atual mandatário já afirmou em outras ocasiões que pretende abrir espaço para que lideranças mais novas assumam a gestão do Cruzeiro. “Não posso dar prazo porque não tenho a convicção se as alterações vão ou não acontecer. Vamos discutir mais, debater mais e ver qual vai ser a solução ideal para esse momento político do Cruzeiro”, complementou o presidente.
Nos bastidores, o clube está dividido. De um lado, membros do conselho tentam viabilizar o desejo de Gilvan de Pinho Tavares pela flexibilização do documento para permitir a candidatura de nomes com menos tempo de casa. A justificativa para a proposta, segundo alguns dos consultados, é a “necessidade de modernização do documento” e “dar espaço a novas lideranças”. Em outro campo político, a corrente liderada pelo ex-presidente e pré-candidato à presidência Zezé Perrella luta pela manutenção do texto atual e sinaliza que há “casuísmo” em realizar substituições no documento em pleno ano eleitoral.
Até o momento, além de Zezé Perrella, outros dois nomes trabalham com uma pré-candidatura ao mais elevado cargo celeste. O também ex-presidente César Masci, que ocupou a cadeira entre 1991 e 1994, e Márcio Rodrigues, segundo vice-presidente da atual administração, anunciaram suas intenções de concorrer à vaga. As eleições no Cruzeiro serão marcadas para o fim deste ano.