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COPA DO BRASIL

Tumulto na porta do vestiário do Cruzeiro marca fim de jogo em Chapecó

Cruzeirenses ficaram acuados, e quarto árbitro deixou campo sangrando

postado em 02/06/2017 00:23 / atualizado em 02/06/2017 10:21

Depois do apito final e da classificação do Cruzeiro às quartas de final da Copa do Brasil, no empate sem gols diante da Chapecoense, nesta quinta-feira, a Arena Condá quase virou um palco de batalha. A tensão começou com a torcida, que começou a gritar ‘Vergonha’, reclamando de dois gols anulados pela arbitragem, e terminou na área interna do estádio. Jogadores celestes foram encurralados na porta de entrada do vestiário por dirigentes e atletas da equipe catarinense.

O quarteto de arbitragem foi muito pressionado por jogadores, dirigentes e o técnico da Chapecoense, Vagner Mancini, depois do apito final, e teve que deixar o gramado protegido por escudos da Polícia Militar local. O quarto árbitro, Evandro Tiago, foi atingido por um objeto arremessado da arquibancada e saiu com um corte e sangramento abaixo do olho esquerdo.

Na entrada do vestiário destinado ao Cruzeiro, mais confusão. Dirigentes e jogadores da Chapecoense acuaram os celestes, que tiveram dificuldade para entrar no local. No meio do tumulto, câmeras de TV mostraram o lateral-esquerdo Diego Barbosa atirando copo de água em integrantes da Chape, sob protesto de Vágner Mancini. Na coletiva, o comandante pediu desculpas em nome do clube catarinense.

Vagner mancini se desculpa por confusão ao final da partida:


O vice-presidente de futebol do Cruzeiro, Bruno Vicintin, explicou como começou o tumulto depois da partida. “Um atleta nosso e alguém da nossa comissão técnica falaram sobre os acréscimos, que foram exagerados. O presidente da Chape achou que estavam falando dele, reagiu e começou o bate-boca. Foi um fato lamentável, mas sem maiores consequências. A porta do nosso vestiário foi chutada várias vezes, mas ninguém se machucou. Começou a discussão, vieram os jogadores da Chape e acharam que tinham sido ofendidos. Foi um mal-entendido, mas está superado e o que fica é que estamos felizes pela classificação”, declarou.

Presidente da Chapecoense, Plínio David de Nês, o Maninho, fez um pedido de desculpas ao Cruzeiro e reforçou a parceria entre as equipes. "Os movimentos não são com relação ao Cruzeiro, que é é uma equipe irmã, que sempre nos atendeu através de seu vice de futebol, senhor Bruno (Vicintin), e hoje estivemos juntos mais uma vez. Gostaria de deixar a mensagem de que o Cruzeiro é um time irmão. E não será essa a lembrança que será levada de um clube como a Chape. Lamentamos profundamente e pedimos desculpas por todos os fatos ocorridos", afirmou.

Técnico da Chapecoense, Vagner Mancini deu sua versão sobre a confusão e mostrou discurso alinhado com o presidente do clube. "A gente não quer, de maneira alguma, mudar uma imagem de um clube que está se reconstruindo. Eu vim aqui na hora da confusão para retirar os atletas que estavam aqui, vi que havia um tumulto. No momento em que cheguei um atleta do Cruzeiro jogou um copo na minha direção e eu, na hora, fiquei tenso. Mas a gente sabe que isso não pode acontecer, defendemos um futebol sem violência. Eu espero que ninguém julgue. Minha intenção era tirar o pessoal. Eu peço desculpas, isso não é o pensamento da Chapecoense e de ninuguém que quer um futebol melhor, sem violência", disse.


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