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CRUZEIRO

Personagens do Cruzeiro em duelos contra Grêmio lembram classificações e títulos

Equipe celeste leva ampla vantagem em confrontos decisivos com gaúchos

Ivan Drummond
Cleison (centro) marcou um dos gols do Cruzeiro sobre Grêmio na final da Copa do Brasil de 1993 - Foto: Arquivo EM
Cruzeiro e Grêmio, os dois times mais copeiros do Brasil, estarão frente a frente nesta quarta-feira, a partir de 21h45, no Mineirão, pelo jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil. A vantagem é do time gaúcho, que ganhou por 1 a 0, em Porto Alegre, e pode empatar ou até perder por um gol de diferença, desde que balance a rede. Para conquistar a vaga, a Raposa tem de vencer por dois gols de vantagem. Vitória por 1 a 0 leva a decisão será nos pênaltis. Para o otimismo da torcida, o Cruzeiro tem a ampla superioridade em retrospectos contra o Tricolor em decisões, como relembram os ídolos celestes.
Será a sexta vez que as duas equipes se encontram numa fase decisiva de mata-mata A história da rivalidade começou em 1966, quando eles se enfrentaram pelas quartas de final da Taça Brasil (0 a 0 no Sul e vitória celeste por 2 a 1 em BH), naquele que seria o primeiro título nacional do Cruzeiro. Um dos personagens do confronto foi Dirceu Lopes, o dono da camisa 10: “Fomos jogar contra o Grêmio, mas não tínhamos qualquer referência sobre o eles e nem eles da gente. O futebol mineiro era regional, assim como o gaúcho. O que existia era Rio e São Paulo, que a gente sabia pelas revistas e jornais”.

Dirceu lembra que o primeiro jogo foi mais complicado do que o esperado pelo grupo: “Eles eram carne de pescoço. O futebol gaúcho é uma escola de marcação. Bem diferente da nossa, de toque de bola. Não levamos gol e aqui, com o Mineirão lotado, jogamos bem e conseguimos nos impor. Mas foi uma vitória apertada”.

Em 1993, os duelos foram pela final da Copa do Brasil. O roteiro se repetiu, com o empate sem gols em Porto Alegre e triunfo da Raposa no Mineirão por 2 a 1. Roberto Gaúcho e Cleison marcaram. “Foi o gol mais importante de minha carreira. Valeu o título”, conta Cleison.

Em 1997, pela Libertadores, Cruzeiro e Grêmio se encontram nas quartas de final. No Mineirão, 2 a 0 para o Cruzeiro. Na volta, Grêmio 2 a 1. O gol que valeu a passagem cruzeirense à semifinal foi marcado pelo volante Fabinho. “Fizemos 1 a 0 no início do segundo tempo. Eu me machuquei, mas permaneci em campo. O jogo estava quente. Quem ia entrar no meu lugar era o Gelson Baresi, zagueiro. Decidi que só sairia quando a bola estivesse fora de campo, mas ela não saía. Mesmo machucado, tirei duas bolas de carrinho. Foi a substituição acontecer e o Cruzeiro sofrer dois gols. Mas o time aguentou firme. Foi nossa arrancada para o título”, comenta.

Fabinho jogou no Flamengo antes de chegar ao Cruzeiro, mas diz que seu coração é cinco estrelas: “Torço pelo clube onde minha história é grande. No Cruzeiro,  vivi os melhores momentos da carreira, as maiores conquistas. Sei que será muito difícil, mas acredito que com o Mineirão lotado vai dar Cruzeiro”.

O vencedor do duelo no Mineirão pegará, na decisão, o vencedor de Flamengo x Botafogo. Os dois jogam também às 21h45, no Maracanã, e quem vencer leva a vaga, já que a partida de ida terminou empatada sem gols.