Além disso, comentou a situação de Ezequiel. Diagnosticado com uma pubalgia em 7 de julho, o lateral-direito ficaria afastado de algumas partidas, aventou-se a possibilidade de atuar em um jogo por semana, mas a boa resposta ao tratamento lhe permitiu atuar nos últimos cinco jogos do Cruzeiro. De acordo com Lopes, o jogador não tem uma pubalgia típica e o que foi detectado é uma hérnia inguinal. “Não está sentindo nada nos jogos, ficando cada vez mais confiante”, garantiu.
A reportagem ainda questionou o médico sobre a política do Cruzeiro de colocar prazos nas recuperações de seus jogadores. Depois de quatro anos sem precisar datas para o retorno dos jogadores, a prática de ‘transparência’ passou a ser adotada pelo clube em julho de 2016, quando o departamento era supervisionado por Daniel Baumfeld. Fernando Lopes indicou que trabalhará de forma diferente. “A prática clínica é assim, você não pode estabelecer prazos, porque a evolução é absolutamente assimétrica. Você tem quadros que evoluem rapidamente e outros que não”, pontuou.
Veja o que Fernando Lopes comentou sobre a situação de cada atleta e a opinião completa sobre a política de prazos:
PRAZOS ESTABELECIDOS PELO DM
Essa não é uma questão decidida para o Cruzeiro. Eu trabalhei a vida inteira com a medicina assistencial, tratando e operando os pacientes. A prática clínica é assim, você não pode estabelecer prazos, porque a evolução é absolutamente assimétrica. Você tem quadros que evoluem rapidamente e outros que não. No caso de uma cirurgia de LCA, por exemplo, você tem uma parcela de 70% de joga antes de um ano, 20% depois de um ano e por aí vai. É uma situação que varia. Pelo o que eu considero correto e a maneira como estamos fazendo aqui no Cruzeiro - e continuaremos fazendo -, é não ficar criando suposições em coisas que não temos nenhuma condição de dar certeza que vai ocorrer. O importante é que os jogadores estejam em tratamento.
MANOEL
No entanto, quando ele voltou ao campo, sentiu dores. Nós continuamos fazendo os exames de imagem e vimos que a fratura não está completamente consolidada. Essa consolidação pode acontecer entre três e seis meses , e ele está com quatro meses. Está dentro do esperado, dentro da margem de tolerância.
Não temos uma previsão . A gente tem que continuar tratando. Ele está fazendo uma fisioterapia complementar à cirurgia e não tem sintomas. Vamos completar as três sessões solicitadas para, após um mês da primeira, a gente fazer um exame de imagem e acompanhar. Não temos um tempo programado.
DEDÉ
Essa sobrecarga que ele foi tendo, fez com que ele evoluísse um edema ósseo no joelho esquerdo. Preciso aguardar que esse edema seja revertido. Na semana que vem ele vai fazer uma ressonância magnética para a gente acompanhar a situação.
ARIEL CABRAL
O prazo de imobilização é de seis semanas, para depois iniciar a fisioterapia e seguir para o campo. A expectativa é de que ele possa ir da fisioterapia para a transição após três meses da cirurgia. Ou seja, lá para dezembro. Mas precisamos aguardar para ver a evolução do jogador.
EZEQUIEL
A pubalgia existe, mas não é uma pubalgia típica. A gente não cogita uma cirurgia para pubalgia crônica. Ele tem uma dor à direita, com menos tempo de evolução, mas coincide com uma hérnia inguinal, que pode ter uma influência nessa dor que ele sente.
RAFAEL GALHARDO
JUDIVAN
É um tempo muito longo . O Judivan não tem sintomas e não sente dor absolutamente nenhuma. Está com os dois joelhos em condição estável. Ele está nessa fase de preparação física, já iniciando a transição. Agora, vai depender de como ele vai evoluir do ponto de vista funcional, como atleta. Ele tem que ganhar muito ainda em termos de preparação, desempenho, de recuperação e reabilitação para o esporte. Do ponto de vista clínico ele está bem.
Atacante Judivan, que não disputa um jogo oficial desde junho de 2015, está na preparação física - Foto: Glaydston Rodrigues/EM/D.A. Press