Cruzeiro tem até 31 de agosto para exercer o direito de compra dos direitos econômicos de Alesson
O meia Alesson, de 19 anos, é um dos destaques do Cruzeiro que lidera o Campeonato Mineiro Sub-20, com 21 pontos em oito jogos (sete vitórias e uma derrota). O objetivo do jovem jogador, cujo contrato se encerrará em 31 de agosto, é convencer os dirigentes do clube a exercer o direito de compra de seus direitos econômicos, atualmente ligados ao Paraná.
“Sei que aqui há jogadores de muita qualidade, são referências para mim no futebol. Espero fazer ótimos campeonatos este ano para, quem sabe, ter mais possibilidade de subir ao profissional”, disse Alesson, em entrevista ao Superesportes.
Pelo Mineiro Sub-20, Alesson vinha em boa sequência, com três gols em seis partidas. Porém, uma fratura na mão sofrida na vitória por 3 a 2 sobre o Ponte Nova, em 10 de junho, na cidade de Ubá, interrompeu a série do meio-campista. O tempo de recuperação é estimado em quatro semanas.
De qualquer forma, Alesson espera regressar em julho para seguir em alta na base. Uma de suas inspirações é Thiago Neves, referência no elenco do Cruzeiro e que também começou a carreira no Paraná. “Sim, com certeza. Thiago tem uma linda história no futebol, uma grande referência pra mim. Espero conseguir o mesmo que ele na minha carreira ou até fazer melhor”.
Alesson e Marcelo, hoje promovido ao profissional, celebram gol marcado pela equipe júnior da Raposa
Thiago Neves subiu ao profissional do Paraná em 2005, quando fez 31 jogos e marcou quatro gols. Em seguida, transferiu-se para o Vegalta Sendai, do Japão, antes de retornar ao Brasil para se tornar ídolo do Fluminense. Por sua vez, Alesson começou sua trajetória no futebol em 2010, na escolinha ADC União Marabá, de Guarulhos-SP. Dali, deu o pontapé rumo ao PSTC de Londrina e, na sequência, Paraná. O jogador fez um resumo da caminhada.
“Comecei futebol de campo, em uma escolinha em Guarulhos, ADC União Marabá, com 11 para 12 anos. Tenho contato com o meu professor de lá até hoje, e ele me ajuda em diversas situações. Professor Cícero é o nome dele. De lá, ele me levou para fazer um amistoso no PSTC, um time de Londrina. Eles gostaram muito de mim e não queriam nem deixar eu voltar pra casa, mais tive que voltar pra conversar com minha família e pegar minhas coisas. Foi muito difícil no começo, não é fácil sair de casa tão cedo e viver outra realidade, eu tinha 13 pra 14 anos quando fui para Londrina. Lá, tive ótimos momentos e fui observado por diversos clubes grandes. Porém, depois de um tempo vi todos meus amigos saindo para clubes melhores, enquanto eu ficava. O PSTC explicava que queria que eu saísse de lá com contrato profissional, já que era um dos principais jogadores. Depois que fiquei ‘sozinho’, desanimei um pouco e passei por um momento difícil, em que nada dava certo. Até pensei em desistir do futebol, mas minha família sempre me ajudou a seguir em frente. Foi então que um técnico do PSTC, o Feijão, me ajudou também. Nesse momento difícil, ele me chamou para conversar, explicou que a equipe precisava de mim e me deu a faixa de capitão. Foi ali que comecei a voltar a jogar o meu futebol e me destaquei de novo. Fui para o Paraná, onde tive grande felicidade: conquistei o Estadual da minha categoria e pouco depois estreei como profissional”.
Alesson fez algumas partidas como profissional, tanto por Paraná quanto pela Ponte Preta – para a qual esteve emprestado em 2017. Sua chegada ao Cruzeiro ocorreu em setembro do ano passado. “Tive a felicidade de estrear profissionalmente e fazer bons jogos. Depois, fui emprestado para a Ponte Preta. Lá não fui muito feliz, pois sofri muitas lesões. Quando retornaria ao Paraná, o Cruzeiro solicitou o meu empréstimo. Está sendo muito bom para mim. Espero que esse ano seja de muita alegria e conquista dentro do clube”.
Questionado sobre os objetivos em longo prazo na carreira, o meia dividiu em três passos: firmar-se como profissional no Brasil, jogar na Europa e chegar à Seleção Brasileira. “Quero fazer um ótimo ano e subir para o profissional. Depois, se tiver a oportunidade, pretendo ir para a Europa. Ficaria muito feliz. E tenho o sonho de ir para a Seleção Brasileira, como todos os jogadores que estão buscando coisas boas no futebol”.
Contratado em 2017, Alesson disputou 26 partidas pelo time sub-20 do Cruzeiro e marcou seis gols
