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CRUZEIRO

Com 150 jogos pelo Cruzeiro, Cabral relembra momentos importantes no clube e evita projeção para superar Arrascaeta

Volante argentino é o segundo estrangeiro que mais vestiu a camisa celeste

Rafael Arruda
Ariel Cabral completou 150 jogos nessa quarta-feira - Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro
O volante Ariel Cabral completou 150 jogos pelo Cruzeiro na vitória por 3 a 0 sobre a Caldense, nessa quarta-feira, no Mineirão, pela 11ª rodada do Campeonato Mineiro. Em entrevista nesta quinta, ele comemorou a expressiva marca e ressaltou o desejo de continuar conquistando títulos pelo clube. 

“Feliz, né?! Completar tantos jogos com essa camisa é uma honra muito grande para mim, principalmente se a gente continuar ganhando títulos, que é importante. Vamos trabalhar, vamos continuar brigando por tudo e buscando mais títulos também”.

Cabral, de 31 anos, foi contratado pelo Cruzeiro em agosto de 2015. Antes, ele havia construído a carreira no Vélez Sarsfield (2007 a 2015), com breve passagem pelo Légia Varsóvia, da Polônia (2010 a 2011), e convocações para a Seleção Argentina (2011). Nos dois primeiros anos na Toca 2, o meio-campista lidou com seca de títulos e colocações intermediárias no Campeonato Brasileiro. Depois, celebrou o bicampeonato da Copa do Brasil, em 2017 e 2018, e o título do Mineiro, em 2018.

“O difícil foi quando a gente estava lutando para não cair em 2015. Em 2016 também foi difícil, pois não estávamos brigando para sermos campeões. O mais lindo está acontecendo agora, no ano passado, em 2017.
Isso que é o Cruzeiro. Tem que brigar pelas coisas lindas que têm essa camisa”, recordou.

Os 150 jogos de Ariel Cabral o deixam na segunda posição no ranking dos estrangeiros que mais vestiram a camisa do Cruzeiro. O primeiro é o uruguaio Arrascaeta, com 188 partidas, que saiu pela porta dos fundos da Toca depois de decidir não se reapresentar para a pré-temporada durante o período de negociação com o Flamengo.

Para superar Arrascaeta, Cabral precisa disputar mais 39 jogos, totalizando 45 na temporada. O atual status de reserva faz com que o meio-campista evite projetar tal cenário. “Na verdade não penso nisso. É uma meta boa, mas acho que é semana a semana, mês a mês e ir trabalhando. Depois, se conseguir jogar mais vezes, aí fica melhor. Temos que ter a cabeça no lugar e sempre trabalhar pelo Cruzeiro”.

Em circunstâncias anteriores, Ariel foi considerado peça imprescindível no meio-campo cruzeirense. Em 2016, ele estabeleceu o maior número de jogos em um ano pela equipe: 48. Nas temporadas seguintes, precisou revezar com outros atletas em ascensão, casos dos volantes Hudson (2017), Lucas Silva e Lucas Romero. Apesar de não ser tão frequente na escalação como antes, o argentino segue prestigiado pela comissão técnica. No ano passado, ele foi titular nas duas partidas da final da Copa do Brasil, contra o Corinthians (vitórias por 1 a 0, no Mineirão, e 2 a 1, na Arena Corinthians). A avaliação interna é de que o volante canhoto se destaca no posicionamento e na capacidade de efetuar desarmes ainda no campo de defesa dos adversários.

É na história construída nos últimos quatro anos que Ariel Cabral se apega para recuperar seu lugar no time titular.
“Nesse tempo a gente muda muitas coisas. Tem muito tempo aqui no Cruzeiro também que passei por bons momentos e momentos não muito bons. Tenho que seguir trabalhando e focado ano a ano. Na decisão  (da Copa do Brasil), quando o Mano precisou de mim, eu respondi. Mesmo sem ter tantos jogos, às vezes ficando fora, eu estava pronto quando ele me colocava. Por que? Porque a gente treina, se prepara. Na hora de entrar, tem que fazer bem as coisas”.

Com a suspensão de Henrique, o camisa 5 deve ser mantido no meio-campo no jogo contra o Patrocinense, às 19h deste sábado, no Mineirão, pelas quartas de final do Estadual. Na opinião dele, o desejo de ganhar Copa Libertadores, Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil não tiram a importância do título mineiro. “Claro. Acho que é importante, mas temos que ir passo a passo.
Agora temos o Mineiro, que queremos ganhar como no ano passado. Depois vamos pensar na Libertadores, no Brasileiro, na Copa do Brasil. Como falei, o Cruzeiro tem que brigar por todas as coisas”, encerrou Cabral.
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