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Relação ruim com Minas Arena faz Cruzeiro pensar em mandar jogos no Independência

Vice de futebol disse que clube já estuda viabilidade da mudança

Redação
Cruzeiro empatou com o Atlético nesse sábado e conquistou título do Mineiro no Independência - Foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A. Press
O Cruzeiro venceu seu primeiro título no Independência e poderá mandar outros jogos no estádio do Horto nesta temporada. De acordo com o vice-presidente de futebol, Itair Machado, já existem negociações para que o clube deixe o Mineirão em alguns jogos válidos pelo Campeonato Brasileiro. O principal motivo é o relacionamento complicado da cúpula celeste com a Minas Arena, concessionária responsável por administrar o Gigante da Pampulha.

“O Cruzeiro pensou em mandar o primeiro jogo da final do Mineiro no Independência, por causa do relacionamento com a Minas Arena. Nós pensávamos, mas não teve tempo. De agora para frente, vamos pensar em fazer isso no Campeonato Brasileiro, Campeonato Mineiro. Precisamos fazer com que a Minas Arena respeite o Cruzeiro”, disse Itair Machado após o empate por 1 a 1 com o Atlético, nesse sábado.

Mais cauteloso, o presidente Wagner Pires de Sá minimizou as desavenças com a Minas Arena e apontou que os jogos do Cruzeiro em 2019 deverão ser disputados no Mineirão. “Nosso problema é que nosso público médio é de 37 mil pessoas. Se a gente traz para o Independência, vai ficar gente de fora.
Estamos resolvendo nossos problemas com a Minas Arena, vamos fazer nossos jogos no Mineirão”, projetou o mandatário.

No início do mês, a Minas Arena notificou o Cruzeiro por dívida que, segundo a concessionária, já alcança R$ 26 milhões. Só na administração do atual presidente, a Raposa teria deixado de pagar quase R$ 2 milhões. 

Briga judicial

No dia 3 de abril, a Minas Arena notificou o Cruzeiro com prazo de 30 dias para pagamentos de débitos referentes aos custos operacionais do Mineirão. A administradora do estádio diz que já chegou ao seu limite, uma vez que a dívida do clube celeste já atinge R$ 26 milhões. 

Entre 2013 e 2015, são R$ 12 milhões em dívidas. Em 2016 e 2017, R$ 12 milhões e 400 mil. Só na administração Wagner Pires de Sá, o clube deixou de pagar quase R$ 2 milhões.

A briga judicial entre Minas Arena e Cruzeiro começou em março de 2016. Na época, o valor exigido pela concessionária era de R$ 9 milhões.

Em 2013 e 2014, balanço financeiro da administradora do estádio já indicava dívidas de R$1,64 milhão e R$3,89 milhões, respectivamente. A antiga administração do clube, responsável pela dívida milionária, justificava o não pagamento da taxa de operação porque a operadora concedeu a isenção dessa taxa ao Atlético na decisão da Copa Libertadores contra o Olimpia-PAR, em 2013.

Desde junho de 2016, o Cruzeiro é obrigado a depositar em juízo 25% da renda líquida dos jogos realizados no Mineirão. 


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