Campeão em 2003, 2013 e 2014, vice em 2010 e com outras boas participações no Campeonato Brasileiro por pontos corridos, o Cruzeiro vive cenário inverso em 2019 e já tem a sua pior campanha neste formato. Após a derrota dessa segunda-feira para o Vasco, por 1 a 0, em São Januário, no Rio de Janeiro, o risco de queda à segunda divisão subiu para 90,6%, segundo cálculos de probabilidade do Departamento de Matemática da UFMG.
Ainda que vença Grêmio, nesta quinta-feira, na Arena do Grêmio, e Palmeiras, domingo, no Mineirão, o time celeste chegará a no máximo 42 pontos, número inferior aos 43 somados em 2011, quando escapou do rebaixamento à Série B com vitória sobre o Atlético na última rodada, por 6 a 1, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.
Há oito anos, a Raposa encerrou o turno da Série A na sétima posição, com 27 pontos, nove a mais que o então 17º, Athletico-PR. No returno, caiu muito de produção e só conseguiu ganhar três partidas. Além dos 6 a 1 em cima do Atlético, houve vitórias sobre Atlético-GO (3 a 2) e Internacional (1 a 0).
Já a equipe de 2019 quase sempre frequentou a parte de baixo da classificação. Nas 19 rodadas iniciais, ficou em 17º, com 18 pontos. Hoje, segue na mesma posição, com 36 pontos em 36 jogos, a dois do Ceará, primeiro time fora da zona da degola.
Gols
Em 2011, o Cruzeiro tinha aproveitamento ofensivo bem superior ao atual. Foram 48 gols em 38 rodadas. O armador argentino Montillo, com 12 gols, e o atacante Anselmo Ramon, com 10, destacaram-se no elenco.
Por sua vez, o grupo atual não dá esperanças ao seu torcedor de que balançará a rede a ponto de emplacar as vitórias necessárias para a fuga do Z4. Com apenas dois gols nas últimas sete partidas, a Raposa marcou 27 no total, acima somente dos já rebaixados CSA - 23; Chapecoense - 26; e Avaí - 17.
Thiago Neves, afastado do elenco pelo gestor de futebol Zezé Perrella, balançou a rede seis vezes e é o artilheiro celeste. Abaixo dele está Fred, com cinco gols, sendo três cobrando pênalti.
Thiago Neves, afastado do elenco pelo gestor de futebol Zezé Perrella, balançou a rede seis vezes e é o artilheiro celeste. Abaixo dele está Fred, com cinco gols, sendo três cobrando pênalti.
Técnicos
A semelhança entre as campanhas é a quantidade de técnicos que dirigiram o clube. Cuca, Joel Santana, Emerson Ávila e Vagner Mancini trabalharam na Raposa no Brasileiro de 2011, enquanto Mano Menezes, Rogério Ceni, Abel Braga e Adilson Batista conduziram o time em 2019.
Pontuação do 16º
Desde que o Campeonato Brasileiro passou a ser disputado por 20 clubes, em 2006, apenas dois clubes ficaram na primeira divisão com 42 ou menos pontos: Atlético-GO, em 2010 (42), e Palmeiras, em 2014 (40). Isso mostra o quão é difícil a situação do Cruzeiro, visto que o Ceará tem possibilidade de atingir 44.
Números gerais de 2011 x 2019
2011
Jogos: 38
Vitórias: 11
Empates: 10
Derrotas: 17
Gols marcados: 48
Gols sofridos: 51
Aprov: 37,71%
2019
Jogos: 36
Vitórias: 7
Empates: 15
Derrotas: 14
Gols marcados: 27
Gols sofridos: 42
Aprov: 33,33%
2017 - 57 (50,00%) - 5º
2016 - 51 (44,73%) - 12º
2015 - 55 (48,24%) - 8º
2014 - 80 (70,17%) - 1º
2013 - 76 (66,66%) - 1º
2012 - 52 (45,61%) - 9º
2011 - 43 (37,71%) - 16º
2010 - 69 (60,52%) - 2º
2009 - 62 (54,38%) - 4º
2008 - 67 (58,77%) - 3º
2007 - 60 (52,63%) - 5º
2006 - 53 (46,49%) - 10º
2005 - 60 (47,61%) - 8º - 22 clubes
2004 - 56 (40,57%) - 13º - 24 clubes
2003 - 100 (72,46%) - 1º - 24 clubes
Cruzeiro no Brasileiro desde 2003 - pontuação (percentual) - posição
2019 - 36 (33,33%) - 17º
2018 - 53 (46,49%) - 8º
2017 - 57 (50,00%) - 5º
2016 - 51 (44,73%) - 12º
2015 - 55 (48,24%) - 8º
2014 - 80 (70,17%) - 1º
2013 - 76 (66,66%) - 1º
2012 - 52 (45,61%) - 9º
2011 - 43 (37,71%) - 16º
2010 - 69 (60,52%) - 2º
2009 - 62 (54,38%) - 4º
2008 - 67 (58,77%) - 3º
2007 - 60 (52,63%) - 5º
2006 - 53 (46,49%) - 10º
2005 - 60 (47,61%) - 8º - 22 clubes
2004 - 56 (40,57%) - 13º - 24 clubes
2003 - 100 (72,46%) - 1º - 24 clubes