“Quero me direcionar a torcida do Cruzeiro para dizer que tínhamos uma folha salarial de R$ 15 milhões. Reduzimos a folha para menos de R$ 3 milhões. Estamos preparando um dossiê de todo trabalho desenvolvido pelo Núcleo para repassar ao torcedor no momento oportuno. O processo de insolvência, segundo o relatório, chegaria se a sangria não fosse estancada. Mas a sangria foi estancada. A redução da folha mostra ao torcedor os objetivos desse grupo. O Cruzeiro é outra gestão e queremos deixar um legado para o próximo presidente, que é pegar um Cruzeiro limpo”.
O Cruzeiro economizou de maneira significativa com as saídas de vários jogadores, como os laterais-esquerdos Egídio e Dodô, o zagueiro Manoel, o volante Henrique, o meia Marquinhos Gabriel e os atacantes Sassá e Pedro Rocha. Outros atletas processaram o clube na Justiça, casos do goleiro Rafael, do meia Thiago Neves e do atacante David. Existem ainda impasses nas situações do zagueiro Dedé, do volante Ariel Cabral, do meia Rodriguinho e do atacante Fred.
Com relação aos jogadores experientes que ficaram na Toca - o goleiro Fábio, o lateral-direito Edilson e o zagueiro Leo -, não houve redução salarial, e sim adequação das remunerações dentro da realidade financeira do Cruzeiro, que disputará a Série B em 2020 e terá orçamento de aproximadamente R$ 80 milhões. Os demais integrantes do grupo - atletas contratados, jovens remanescentes e promovidos do sub-20 - recebem dentro do teto de R$ 150 mil. A expectativa da diretoria é reconduzir a Raposa à Série A de 2021 e, mediante aumento das receitas, diminuir o passivo total estimado em R$ 800 milhões.