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Dirigente revela valor de folha salarial e diz que 'sangria foi estancada' no Cruzeiro

De acordo com Carlos Ferreira Rocha, Núcleo Dirigente Transitório divulgará aos torcedores relatório sobre o trabalho de recuperação financeira do clube

Rafael Arruda Tiago Mattar
Carlos Ferreira Rocha disse que 'sangria foi estancada' no Cruzeiro - Foto: Juarez Rodrigues/EM D.A Press
Interlocutor do Núcleo Dirigente Transitório com o departamento de futebol do Cruzeiro, Carlos Ferreira Rocha afirmou que a folha salarial de jogadores e comissão técnica foi reduzida de R$ 15 milhões para menos de R$ 3 milhões. Essa ação, segundo ele, ajudou a evitar a insolvência do clube, que divulgará em breve um relatório com todos os processos para “estancar a sangria” deixada pela administração do ex-presidente Wagner Pires de Sá.



“Quero me direcionar a torcida do Cruzeiro para dizer que tínhamos uma folha salarial de R$ 15 milhões. Reduzimos a folha para menos de R$ 3 milhões. Estamos preparando um dossiê de todo trabalho desenvolvido pelo Núcleo para repassar ao torcedor no momento oportuno. O processo de insolvência, segundo o relatório, chegaria se a sangria não fosse estancada. Mas a sangria foi estancada. A redução da folha mostra ao torcedor os objetivos desse grupo. O Cruzeiro é outra gestão e queremos deixar um legado para o próximo presidente, que é pegar um Cruzeiro limpo”.

O Cruzeiro economizou de maneira significativa com as saídas de vários jogadores, como os laterais-esquerdos Egídio e Dodô, o zagueiro Manoel, o volante Henrique, o meia Marquinhos Gabriel e os atacantes Sassá e Pedro Rocha. Outros atletas processaram o clube na Justiça, casos do goleiro Rafael, do meia Thiago Neves e do atacante David. Existem ainda impasses nas situações do zagueiro Dedé, do volante Ariel Cabral, do meia Rodriguinho e do atacante Fred.

Com relação aos jogadores experientes que ficaram na Toca - o goleiro Fábio, o lateral-direito Edilson e o zagueiro Leo -, não houve redução salarial, e sim adequação das remunerações dentro da realidade financeira do Cruzeiro, que disputará a Série B em 2020 e terá orçamento de aproximadamente R$ 80 milhões. Os demais integrantes do grupo - atletas contratados, jovens remanescentes e promovidos do sub-20 - recebem dentro do teto de R$ 150 mil.  A expectativa da diretoria é reconduzir a Raposa à Série A de 2021 e, mediante aumento das receitas, diminuir o passivo total estimado em R$ 800 milhões.