Cáceres marcou seis gols em 146 jogos pelo Cerro Porteño, clube no qual ganhou o Torneio Clausura do Campeonato Paraguaio, em 2017 (Foto: Divulgação/Cerro Porteño)
O paraguaio Raúl Cáceres será mais um lateral estrangeiro a defender o Cruzeiro. Ele é aguardado nesta semana em Belo Horizonte, onde realizará exames médicos e assinará contrato até o fim de 2022. O jogador de 28 anos estava no Cerro Porteño, clube de seu país, e teve passagem pelo Vasco, em 2019, quando entrou em campo 29 vezes - 16 no Campeonato Carioca, três na Copa do Brasil e sete no Brasileiro. Também vestiu as camisas de Sol de América, Sportivo Carapeguá e Olimpia.
Opção para o lado direito, Cáceres tentará seguir os passos de outro estrangeiro, o colombiano Orejuela. Apesar do rebaixamento da Raposa à Série B, ele se destacou em 2019 no apoio ao ataque e na recomposição defensiva. Em 35 jogos, marcou dois gols e deu uma assistência. A diretoria cruzeirense, com aporte do Supermercados BH, adquiriu 50% dos direitos econômicos do atleta de 24 anos ao Ajax, da Holanda, por R$ 6 milhões, e o emprestou ao Grêmio em 2020.
Orejuela conseguiu resolver o problema da lateral direita celeste. Antes da chegada dele à Toca, o volante Lucas Romero foi improvisado na posição em diversas circunstâncias, principalmente quando Ezequiel e Edilson não rendiam conforme as expectativas de comissão técnica e torcida. De 2016 a 2019, o argentino alternou entre o meio-campo e a lateral, mostrando-se tecnicamente superior aos ‘especialistas’ do setor.
Em 2015, o Cruzeiro buscou Eugenio Mena, ex-Santos, titular da Seleção Chilena na Copa do Mundo de 2014. Apesar das fortes expectativas, o lateral-esquerdo foi discreto nas 26 partidas que disputou. Fora de campo, processou o clube em duas ocasiões: a primeira na 14ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, por uma dívida de verba rescisória de R$ 860 mil, e a segunda na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF, pelo não pagamento de 2,1 milhões de euros (R$ 9,3 milhões) referente à aquisição de 60% de seus direitos econômicos.
Em 2014, o paraguaio Miguel Samudio integrou o grupo bicampeão consecutivo do Campeonato Brasileiro. Reserva de Egídio, o lateral-esquerdo disputou 24 jogos e marcou dois gols - ambos na Copa Libertadores da América. Ele só não permaneceu na Toca devido ao valor elevado para a compra de seu 'passe', que pertencia ao Libertad: US$ 3 milhões (R$ 8 milhões na cotação da época).
Sorín em comemoração pelo título da Copa do Brasil de 2000 (Foto: Jorge Gontijo/Estado de Minas)
Há duas décadas, o argentino Juan Pablo Sorín fez parte de um pacote de ‘estrelas’ na parceria do Cruzeiro com a empresa americana Hicks Muse. O ex-camisa 6 custou US$ 5,08 milhões, pagos ao River Plate. Sorín se tornou ídolo dos cruzeirenses graças ao estilo aguerrido e ‘brigador’ em campo. Por vezes funcionando como um ponta, o lateral-esquerdo marcou 18 gols em 127 jogos. Ele teve três passagens pela Toca: a primeira, de 2000 a 2002; a segunda, em 2004; e a terceira, já no término da carreira, entre 2008 e 2009.
Antes de Sorín, o equatoriano Ulises De La Cruz não empolgou nos 13 jogos que fez pelo Cruzeiro, em 1999. Ainda assim, fez um gol no triunfo por 2 a 1 sobre o Vitória, pela semifinal do Torneio Seletivo para a Copa Libertadores. Ele recebeu passe de Donizete Oliveira e chutou cruzado no canto direito do goleiro Fábio Costa. Ídolo da LDU de Quito, De La Cruz disputou as Copas do Mundo de 2002 e 2006 pelo Equador e jogou por sete temporadas consecutivas no futebol inglês: Aston Villa, Reading e Birmingham.
De acordo com o site Cruzeiropedia, que reúne dados do Almanaque do Cruzeiro, o clube cinco estrelas ainda teve três laterais-esquerdos uruguaios: Adán Machado, de 1981 a 1982 (três jogos), Carlos Manuel, em 1970 (um jogo), e Mario Menchaca, em 1986 (um jogo).
Jogadores do Paraguai
Raúl Cáceres será o sexto paraguaio a jogar pelo Cruzeiro. Nenhum compatriota obteve sucesso. Além do já mencionado Miguel Samudio, a Raposa contou com o meio-campista Gustavo Sotelo (1995), o zagueiro Arnaldo Espínola (1999), o volante Victor Quintana (2002) e o atacante José Ortigoza (2011).
