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CRUZEIRO

Enderson analisa eliminação, admite que Cruzeiro ainda não está pronto, mas ataca 'inversão de mando de campo' no Mineiro

Treinador deixou claro o descontentamento com o fato de a Caldense ter mandado seus últimos dois jogos no Ronaldão, em Poços da Caldas

Redação
Enderson Moreira analisou eliminação do Cruzeiro no Mineiro - Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro
Como era de se esperar, Enderson Moreira lamentou a eliminação precoce do Cruzeiro no Campeonato Mineiro. O time celeste bateu a Caldense por 1 a 0, nesta quarta-feira, mas não alcançou a classificação às semifinais do Estadual. Embora tenha feito elogios aos seus comandados, o treinador destacou que essa ainda não é uma equipe pronta para a disputa da Série B, principal objetivo da Raposa na temporada.


 
A gente lamenta profundamente. Claro que essa conta que estamos pagando não foi uma conta desses dois últimos jogos. Tivemos uma disputa ótima. A Caldense estava muito bem colocada no campeonato, ganhou jogos importantes contra clubes grandes também. A gente veio aqui e conseguiu vencer, com chances de fazer mais gols. Tenho que enaltecer a disputa. Estamos em início de temporada. As coisas têm que ficar bem claras: não importante muito como elas começam, mas como terminam. O nosso final tem que ser importante para nós”, disse o treinador em entrevista ao Premiere
 
“Nos resta agora nos prepararmos para Série B da melhor forma possível. A equipe vem de dois resultados positivos, sem sofrer gols, isso é muito importante para nossa trajetória. Estamos sentidos, claro, mas a gente não pode falar que não houve disputa, intensidade. A gente poderia ter feito algumas coisas melhores, mas faz parte do processo. Ninguém está pronto ainda. Se alguém falar que está pronto, hoje, é uma medida muito equivocada. Muita coisa que vem pela frente e é importante a gente ter consciência das coisas boas que aconteceram e as que não foram tão boas assim”, complementou.

Crítica 

Durante entrevista após o jogo contra a Caldense, Enderson também lembrou da “inversão” de mando de campo na penúltima rodada da primeira fase do Estadual. Ele se queixou do fato de a Veterana, adversária direta da Raposa na briga por uma vaga nas semifinais, ter jogado, como visitante, dentro de seus domínios em partida com o Tupynambás, que não pôde mandar o compromisso no Mário Helênio, em Juiz de Fora, em função da COVID-19.


 
“A gente quer que o Campeonato Mineiro tenha credibilidade, mas é muito chato para nós, profissionais, conviver com inversão de mando de campo como aconteceu. A Caldense não tem culpa nenhuma, absolutamente nenhuma, mereceu a classificação, mas é muito feio para um campeonato quando isso acontece. Um adversário direto da gente, quando tem o benefício de fazer os últimos dois jogos dentro de casa, sem deslocar um quilômetro sequer, isso é falta de credibilidade que a gente acaba tendo de uma competição que precisa, acima de tudo, de credibilidade. Precisamos fazer com quem o Campeonato Mineiro passe isso”, disse.

Campanha abaixo da expectativa

O Cruzeiro encerrou o Campeonato Mineiro fora do G4 pela primeira vez desde 1957. A Raposa fechou a primeira fase na 5ª colocação, com os mesmos 20 pontos da Caldense (última equipe da zona de classificação às semifinais), mas com três gols a menos de saldo (9 a 6). 
Com o resultado, o Cruzeiro disputará o Troféu Inconfidência. Os jogos do torneio, que reunirá equipes da 5ª a 8ª colocação da tabela do Estadual, estão marcados para 2 e 5 de agosto em jogos únicos de semifinal e final. Ainda não há horários ou locais definidos. A Federação Mineira de Futebol (FMF) espera ter esses detalhes até a manhã desta quinta-feira.

Há que se ressaltar que Enderson só dirigiu o Cruzeiro em dois jogos no Mineiro, desde que foi contratado para suceder Adilson Batista: vitórias por 3 a 0 sobre a URT, no Mineirão, e por 1 a 0 sobre a Caldense, em Poços. O treinador que o antecedeu teve quatro vitórias, dois empates e três derrotas na fase inicial da competição (51,85% de rendimento).