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CRUZEIRO 100 ANOS

Torcedor faz mosaico com camisas em homenagem aos 100 anos do Cruzeiro

Segundo Fabrício José França Costa, o momento é de enaltecer o clube

Redação
Cruzeirense Fabrício fez mosaico com camisas e destacou anos de fundação e do centenário - Foto: Fabrício José França Costa/arquivo pessoal No dia do centenário do Cruzeiro, um torcedor usou a criatividade para homenagear o clube do coração. O bancário e analista de sistemas Fabrício José França Costa, de 43 anos, reuniu as 60 camisas que tinha em casa e montou um mosaico. Com os números, destacou os anos de 1921 e 2021 e a marca 100. A postagem feita no Instagram neste 2 de janeiro inspirou outros cruzeirenses a fazer o mesmo nas redes sociais.



“Há alguns dias eu vinha pensando em algo para homenagear o Cruzeiro. Então surgiu a ideia de juntar todas as camisas e ver se era possível fazer as datas. Deu certo. Nem sou um colecionador. Já doei muitas camisas que não serviam mais. Mas guardo muitas pela memória afetiva, pela beleza e porque uso mesmo. A camisa do Cruzeiro é minha roupa de dia a dia”, contou Fabrício ao Superesportes.

O cruzeirense ficou feliz de ver a sua foto ser usada por outros torcedores ao longo deste sábado. Para ele, o mais importante neste momento complicado do clube é enaltecer a história e estar envolvido no projeto de reerguimento da instituição. “As pessoas que destruíram o clube vão sair, mas a instituição fica. Cabe ao torcedor estar do lado. O Cruzeiro já me deu muitas alegrias. Temos que valorizar a história de conquistas. O clube vai reagir. Pode demorar um ano, dois, dez, mas vai voltar a ganhar títulos, vai continuar sendo o maior de Minas, um dos maiores do Brasil, da América do Sul, do mundo. Não tenho dúvida disso. Cabe a nós ficarmos do lado”.

Fabrício acompanha os jogos do Cruzeiro no Mineirão desde 1987, quando foi levado pelo pai para assistir à semifinal da Copa União, contra o Internacional. Na adolescência, ele passou a frequentar o estádio com os amigos e nunca mais deixou de ir a campo. “Só falto por alguma razão muito especial. Vivo o Cruzeiro. Quando posso, também viajo e acompanho o time em outros estados e países”.


Fabrício José no duelo entre Cruzeiro e Universidad de Chile, no Estádio Nacional, de Santiago, pela Copa Libertadores de 2018 - Foto: Arquivo pessoal

Jogos marcantes


A pedido do Superesportes, Fabrício listou os seus jogos inesquecíveis:

1) Cruzeiro 2 x 1 São Paulo, pela final da Copa do Brasil de 2000. 

O Cruzeiro tem uma história muito rica e é difícil enumerar os jogos mais marcantes. Mas posso dizer que o Cruzeiro e São Paulo, pela final da Copa do Brasil de 2000, com o gol emblemático de falta do Geovanni, e aquele desvio providencial do Donizete e que fez toda a diferença, me marcou muito pela emoção do jogo.
Gol de falta de Geovanni, em 2000, deu o título da Copa do Brasil ao Cruzeiro - Foto: Paulo Filgueiras/EM/D. A Press

2) Cruzeiro 4 x 0 Racing, pela final da Supercopa de 1992

Esse jogo marcou porque eu estava no Mineirão com meu pai. Chovia muito, e o Boiadeiro recebeu a bola, jogou para a canhota e mandou uma pancada na gaveta. Ele não era de fazer muitos gols. Lembro que olhei para o meu pai, incrédulo, com o gol. Foi a cena mais marcante da minha história no Mineirão. Não é nem um dos jogos mais importantes, mas é algo que guardo com muito carinho.
Em 1992, sob forte chuva, Cruzeiro goleou o Racing por 4 a 0 no jogo de ida da final da Supercopa. - Foto: EM/D. A Press

3) Cruzeiro 1 x 0 Sporting Cristal, pela final da Libertadores de 1997

Um outro jogo marcante foi a final da Libertadores de 1997, um jogo difícil demais. Eu estava atrás do gol, foi o lugar que consegui naquele dia. E quando a bola rebateu, e o Elivélton foi chutar, eu disse: ‘Não, de direita não!. E ele, que era canhoto, fez o gol. Foi bem marcante aquela conquista.

Gol de Elivélton, de perna direita, deu o título da Libertadores ao Cruzeiro em 1997 - Foto: EM/D. A Press

4) Palmeiras 1 x 2 Cruzeiro, pela final da Copa do Brasil de 1996

A Copa do Brasil de 1996 foi sensacional. O Palmeiras daquele ano era praticamente imbatível no Brasil pelos craques que tinha, como Djalminha e Rivaldo em grande fase. O Cruzeiro foi lá e conseguiu vencer com gols do Roberto Gaúcho e do Marcelo Ramos, naquela exibição histórica do goleiro Dida.
Cruzeiro derrotou o Palmeiras por 2 a 1, em São Paulo, foi bicampeão da Copa do Brasil - Foto: EM/D. A Press

Ídolos


O cruzeirense também apontou os maiores ídolos que tem no clube.

Douglas, volante - 1981 a 1987 e 1992 a 1994

- Foto: EM/D A Press
A primeira referência que eu tenho de jogador é o William Douglas, volante. Foi o primeiro jogador de que fui fã. Lembro de outros, mas ele foi o primeiro ídolo. Gosto do estilo de jogo dele, mais cadenciado, cabeça erguida, bem clássico. É o que gosto de ver até hoje. Foi minha primeira referência de ídolo. 

Dida, goleiro - 1994 a 1998

- Foto: EM/D A Press
Depois, o grande ídolo nesse tempo todo de torcedor foi o Dida. Ele ganhou campeonatos para o Cruzeiro e tecnicamente foi o melhor jogador que vi no Cruzeiro, mais até do que o Alex. O nível de excelência dele no gol era absurdo, ele era um gênio, um monstro debaixo das traves. Ele ganhou campeonatos para o Cruzeiro e isso é raro. Em 1996 e 1997, podemos creditar na conta dele a Copa do Brasil e a Copa Libertadores. É uma referência.



Ricardinho, volante - 1994 a 2002 e 2007

- Foto: Renato Weil/EM/D. A Press
Outra referência é o Ricardinho, que representa o que é o Cruzeiro: título. O cara ganhou 15 títulos com a camisa do Cruzeiro e sozinho ganhou mais títulos que a grande maioria de clubes do Brasil. Ele representa essa gana do cruzeirense de títulos, assim como Marcelo Ramos, Nonato. Ele é emblemático nesse sentido.

Fábio, goleiro - 2000 e 2005 a 2021
 
- Foto: Ramon Lisboa/EM/D. A Press
E não dá para não falar do Fábio, o jogador com maior número de jogos pelo clube. No momento complicado do time,ele está aí, fazendo o papel dele e acho um cara difícil de não citar.