Naquele ano, o clube da Gávea ficou apenas em terceiro, com 71 pontos, mas chegou a disputar o título com o Palmeiras, que acabaria campeão e hoje é o atual segundo colocado. A melhor trajetória rubro-negra desde 2006, quando a competição já era por pontos corridos e passou a ser disputada entre 20 equipes, aconteceu no ano passado, quando o time alcançou os 72 pontos.
Curiosamente, no ano único ano do período em que foi campeão, em 2009, o Flamengo garantiu o troféu com apenas 67 pontos, marca atingida já na 28.ª rodada desta temporada, quando bateu o CSA por 1 a 0.
Agora com 68 pontos, o Flamengo teve de amargar seu primeiro empate em sete partidas - ficou no 2 a 2 com o Goiás na última quinta-feira após estar vencendo por 2 a 0, no Serra Dourada - , o segundo em 16 jogos, dos quais triunfou em 14.
É neste cenário que o técnico Jorge Jesus agora vive o dilema de descansar ou não jogadores para a sequência que culminará na final da Copa Libertadores, no próximo dia 23, em Santiago, contra o River Plate.
Dois de seus 11 titulares absolutos devem poupar o comandante de qualquer dúvida neste domingo. Um deles é o goleiro Diego Alves, que, ainda sentindo uma entorse no joelho que o tirou do compromisso em Goiânia, voltou a ficar de fora dos treinamentos na última sexta-feira. Quem deveria ocupar sua vaga era César, mas como foi expulso na última partida, o substituto deve ser o jovem Gabriel Batista, que chegou a atuar nos minutos finais do empate com os goianos.
O outro ausente - este, sim, confirmado - é Gabriel.
Duas alterações em relação à última rodada devem acontecer com as voltas de outros dois atletas incontestáveis no time: Rafinha, na lateral direita, e Gerson no meio-campo. Com isso, Rodinei e Piris da Motta voltam ao banco de reservas.
Em meio ao maior jejum de vitórias dos últimos seis anos, o Corinthians visita o Flamengo, time sensação da temporada, líder do Campeonato Brasileiro e finalista da Copa Libertadores. A série de sete jogos sem vencer, a pior desde 2013, tornou a semana da equipe alvinegra bastante conturbada. O dia seguinte à derrota para o CSA deixou o técnico Fábio Carille na corda bamba, com direito a protesto dos torcedores e necessidade de policiamento na entrada do CT Joaquim Grava.
O problema é que o discurso não adianta de nada se os resultados não começarem a aparecer no campo. O presidente Andrés Sanchez avisou que Carille tem contrato até o final de 2020 e o clube não cogita demiti-lo. Na prática, um novo tropeço, mesmo para o líder, afastará ainda mais a equipe de uma vaga na Libertadores da próxima temporada. Ficar fora do torneio continental significa diminuir as receitas e tornar mais difícil ainda as contratações em 2020.
A Conmebol pagou cerca de R$ 600 milhões aos clubes participantes do torneio deste ano. Somente o campeão embolsará cerca de R$ 48 milhões. Isso sem contar dinheiro que entra a mais com direitos de TV e a bilheteria com jogos - o Flamengo teve renda de pouco mais de R$ 8 milhões contra o Grêmio na semifinal da Libertadores no Maracanã.
"O presidente já deixou claro.
O Corinthians tem déficit anual de cerca de R$ 100 milhões. Disputar a Libertadores aumenta a possibilidade de o clube tentar trazer reforços de nome para a equipe no ano que vem. Na atual temporada, a equipe disputou a Copa Sul-Americana e teve de apostar em contratações que durante o ano que mostraram-se pouco eficazes: casos de Everaldo, Boselli, Ramiro, além de Danilo Avelar, comprado em definitivo à Fiorentina..