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Em carta, funcionários criticam demissão e diretoria do Flamengo

Além dos profissionais mandados embora, clube rubro-negro anunciou redução em 25% dos salários de maio e junho

Gazeta Press
Flamengo demitiu profissionais durante pandemia da COVID-19 - Foto: Divulgação

O Flamengo iniciou a temporada com a expectativa de ter uma arrecadação recorde. No entanto, a pandemia de coronavírus paralisou o futebol e tem causado problemas nas finanças do clube.


Após não receber o pagamento de parcelas da fornecedora de material esportivo e da televisão, os dirigentes rubro-negros chegaram a buscar um empréstimo no mercado. Além disso, nos últimos dias, o Flamengo anunciou a demissão de funcionários.

A atitude foi mal vista e muito criticada pelos funcionários. Em carta enviada ao jornalista Jorge Nicola, é citada também o corte no pagamento dos prêmios pelos títulos do Campeonato Brasileiro e da Libertadores sem qualquer explicação por parte da diretoria.

Depois da demissão de funcionários, o Flamengo divulgou a redução de 25% dos salários de maio e junho, além do adiamento do pagamento dos direitos de imagem deste período para a próxima temporada.


Confira abaixo a nota enviada:
Neste momento de pandemia, neste momento que estamos vivendo uma crise, depois de anos e anos dedicando trabalho e amor ao nosso clube, o que recebemos em troca? Somos demitidos de forma cruel e sem perspectiva de trabalho. A maioria de nós recebe salários que temos até vergonha de falar, pois é importante que todos saibam o quanto o CR do Flamengo remunera mal seus funcionários, para que os gerentes, supervisores, diretores e Ceo tenham bônus até fora da realidade do mercado.
É só olhar nos últimos balanços e ver o quanto estas pessoas ganham de bônus. Essa diretoria é desumana. O presidente e o presidente adjunto não têm nenhuma sensibilidade humana. Falamos do Landim, presidente eleito, e do sr. Bap, que é quem comanda o clube, vide o caso dos "Meninos do Ninho". As famílias até hoje imploram que o clube faça a sua parte e esta dupla sem dó nem piedade não dá a mínima para elas.
Olha o caso da premiação dos títulos do Brasileiro e da Libertadores. O pessoal que trabalha ou trabalhava no futebol tinha uma participação importante. Muitos poderiam pagar suas contas, ter um fim de ano melhor, proporcionar às suas famílias um Natal digno… O que foi feito? Cortaram sem dó nem piedade a base de 80% do prêmio para os humildes funcionários, pois para os grandes todos receberam sua premiação integral.

Agora, neste momento de pandemia, poderiam falar com os atletas e eles com sua condição financeira melhor que as nossas poderiam contribuir pra atingir o objetivo da economia. Não, manda os que ganham menos para rua. Este é o Flamengo bem no campo de jogo com atletas comprometidos e um treinador competente, humano e educado com todos os funcionários, mas uma diretoria formada por insensatos como jamais houve na história do clube.