Já o time carioca voltou a vencer após cinco partidas de jejum. E, de quebra, deixou a zona do rebaixamento. Soma os mesmos 34 pontos do Cruzeiro, mas leva vantagem no número de vitórias. Ocupa, portanto, o 16º lugar, a primeira posição fora da zona da degola, empurrando o time mineiro novamente para a região inferior da tabela.
O JOGO
O confronto marcou o reencontro de Diniz com o Fluminense. O treinador foi demitido do clube carioca em agosto e contratado pelo São Paulo no fim de setembro.
No comando da equipe do Rio de Janeiro, Marcão era auxiliar de Diniz. O treinador também gosta do estilo de jogo que valoriza a posse de bola, com as saídas sendo iniciadas pelos zagueiros. O meia Ganso, por exemplo, muitas vezes recuava para ajudar na construção dos lances.
"Parecidas", as equipes logo criaram chances nos primeiros minutos de jogo. Quem assustou mais foi o São Paulo, com chute colocado de Antony que passou perto do gol de Muriel. Os mandantes eram melhores na partida e rondavam a área adversária, mas sem conseguir levar perigo.
Melhor para o Fluminense, que marcou duas vezes em quase quatro minutos na parte final do primeiro tempo. Aos 36, Daniel cobrou falta e Digão subiu livre para mandar de cabeça e abrir o placar. Aos 39, Caio Henrique arrancou e enfiou boa bola para Marcos Paulo, que tocou na saída de Tiago Volpi e ampliou.
O placar de 2 a 0 fez o São Paulo ser vaiado pela torcida ao fim do primeiro tempo. E também fez o técnico Fernando Diniz realizar logo duas mudanças no intervalo: entraram Hernanes e Alexandre Pato nas vagas de Jucilei e Liziero.
Mais ofensivo, o São Paulo tentou pressionar em busca do gol e ficou mais exposto. O Fluminense se fechou e saía rapidamente nos contra-ataques. Reinaldo teve de fazer desarme preciso para evitar o que provavelmente seria o terceiro gol do Flu.
Mesmo com seus principais jogadores em campo juntos pela primeira vez (Juanfran, Daniel Alves, Hernanes, Pato e Pablo), o São Paulo sofreu para ameaçar o Fluminense. A equipe trocava passes até a intermediária, onde parava na marcação adversária.
O Fluminense, por sua vez, soube administrar e esfriar o jogo. Com passes improdutivos, a equipe "cozinhou" o rival e irritou os torcedores são-paulinos. Além das vaias, gritos de "muito respeito com a camisa tricolor", "estou cansado de time amarelão" e "time sem vergonha" foram cantados nas arquibancadas do Morumbi.
O cenário não mudou nos minutos finais.
SÃO PAULO 0 x 2 FLUMINENSE
SÃO PAULO
Tiago Volpi; Daniel Alves, Bruno Alves, Arboleda e Reinaldo; Jucilei (Hernanes), Tchê Tchê e Liziero (Pato); Antony, Vitor Bueno (Juanfran) e Pablo
Técnico: Fernando Diniz
FLUMINENSE
Muriel; Gilberto, Digão, Nino e Caio Henrique; Yuri, Allan, Daniel e Ganso (Nenê); Marcos Paulo (Evanilson) e Yony González (Pablo Dyego)
Técnico: Marcão
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Data: quinta-feira, 7 de novembro
Árbitro: Daniel Nobre Bins (RS)
Público: 17.650 torcedores
Renda: R$ 504.461
Cartões amarelos: Daniel Alves, Pato (SAO); Nenê (FLU)
GOLS: Digão, aos 36min do 1ºT; Marcos Paulo, aos 39min do 2ºT .