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Fluminense: presidente explica por que Diniz na seleção não afetará o clube

Mário Bittencourt deu entrevista coletiva para explicar como funcionou acerto do treinador com a CBF

Caio Blois Daniel Servidio

Fernando Diniz vai conciliar trabalho no Fluminense e na seleção - Foto: Iconsport

 

O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, deu uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (5) para explicar como foi o processo que culminou no anúncio de Fernando Diniz como treinador interino da seleção brasileira. O mandatário garantiu que o trabalho conjunto não vai prejudicar o clube.



 

De acordo com o dirigente, o Fluminense mostrou um plano à entidade para que a equipe carioca não seja afetada. O treinador, por exemplo, comandará todas as partidas da equipe, mesmo depois de fazer convocações, se apresentando apenas no início das Datas Fifa.

 

- No período em que o Fernando Diniz estiver na Data Fifa dirigindo a seleção, um dos auxiliares, especialmente o Eduardo Barros, vai ficar treinando o Fluminense - afirmou.

 

- Foram colocadas condições para que o Fernando pudesse estar à frente desses dois projetos no momento. O presidente Ednaldo foi muito elegante, dizendo que o Flu construísse um desenho, se preparasse para isso para que não saísse prejudicado - explicou.

Como foi a abordagem da CBF

Mário Bittencout detalhou e elogiou a postura do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, na condução da contratação de Diniz.

 

- Gostaria de destacar a honradez, dignididade e ética do presidente da CBF, que conheço há pouco tempo, mas no nosso dia a dia é muito atencioso, solítico, correto. Foi muito ético, porque sequer procurou o treinador ou os representantes dele. Procurou diretamente o Fluminense - disse.



 

- Conversamos por um longo tempo, disse que minha posição era a mesma de outras entrevistas, onde disse que não liberaria o treinador para a seleção brasileira. Dizia: se for do desejo dele e se pagarem a multa, o Fluminense não terá o que fazer. Mas o Fluminense não queria se desfazer do trabalho, que é de longo prazo, fizemos contrato até o fim de 2024. Deixei isso claro ao presidente - continuou.

 

Diniz, de acordo com o dirigente, mostrou interesse em treinar a seleção interinamente, mas também falou ao presidente da CBF que a prioridade era não atrapalhar o Fluminense.

 

- O Fernando deixou muito claro pro presidente da CBF que a montagem não poderia prejudicar o Fluminense. Ele disse que só poderia aceitar se dissesse ao presidente da CBF como ele trabalha. Se o presidente dissesse que ele teria de dar expediente todo dia, ele não aceitaria - disse Bittencourt.

 

- O presidente da CBF queria a coletiva [de apresentação do Diniz] de hoje fosse pela manhã, e o Diniz disse que não daria porque tinha treino. A gente precisa compreender que grandes profissionais por vezes atuam em mais de uma função e nem por isso estão desfocados das funções em que atuam - destacou.