Gamarra foi eleito o melhor zagueiro da Copa do Mundo de 1998 e, no Brasil, também vestiu as camisas do Palmeiras e Internacional. Na Europa, defendeu clubes como Atlético de Madri, Inter de Milão e Benfica. Ele estava aposentado do futebol desde 2008 e, logo após pendurar as chuteiras, foi dirigente do Ñú, pequeno time da capital Assunção, ao lado de Arce, ídolo de Grêmio e Palmeiras.
Em entrevista à Rádio Monumental, do Paraguai, o técnico do Rubio Ñu, Juan Sosa, confirmou o reforço do experiente jogador. "É verdade que ele jogará com a gente. A Copa é desvalorizada, jogamos por 25 quilos de gelo e 20 garrafas de água, é uma piada. Então, quero dar uma hierarquia ao torneio e jogar com Gamarra", disse o treinador.
Na imprensa paraguaia, o convite ao ídolo paraguaio é uma forma de protesto do clube de Assunção, já que a competição não prevê prêmios em dinheiro na medida que as equipes avançam no torneio. A única bonificação que o campeão da Copa do Paraguai conquista é a vaga na Copa Sul-Americana do ano seguinte. A Federação local só arca com os translados e os gastos com hotelaria.
A busca por Gamarra se deu pelo número de lesões de zagueiros do Rubio Ñu. "Ele corre de 12 a 15km por dia, ele é melhor que qualquer jogador da primeira divisão", comentou, em tom de brincadeira. Caso se confirme a contratação do defensor, ele estreia pelo clube na próxima terça-feira (21/8), contra o Club Oriental.
Gamarra começou sua carreira em 1991, no também paraguaio Cerro Porteño. Pelo Paraguai, também disputou as Copas do Mundo de 2002 e 2006, além da conquista da medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004.