Futebol Internacional
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GOLEIROS

Alisson e Ospina buscam quebra de recorde na Copa América

Ospina e Alisson ainda não foram vazados no torneio continental

<i>(Foto: LucasFigueiredo/MowaPress e MANAN VATSYAYANA)</i>
São Paulo — Corpo no Pacaembu, cabeça em Medellín. Liberado no domingo para visitar o pai, internado em estado grave de saúde, David Ospina retornou ontem aos treinos da Colômbia para a partida de sexta-feira contra o Chile, às 20h30, na Arena Corinthians, pelas quartas de final, inspirado no goleiro do único título da seleção cafetera na Copa América. Em 2001, Óscar Córdoba brindou o país com a conquista inédita dentro de casa sem sofrer gol. Entre os arqueiros titulares nesta edição, somente Ospina e Alisson ainda não foram vazados.

Depois da vitória por 1 x 0 sobre o Catar, no Morumbi, o Correio lembrou a Ospina na zona mista que, até então, só ele e o brasileiro não haviam buscado a bola nas próprias redes. O jogador do Napoli, da Itália, elogiou o camisa 1 de Tite. “Alisson é um excelente goleiro, um dos melhores do mundo. Estamos trabalhando bem, espero que nos encontremos na final”, brincou, antes de embarcar rumo a Medellín. No domingo, Ospina foi substituído pelo reserva Alvaro Montero na vitória por 1 x 0 sobre o Paraguai, na Arena Fonte Nova, em Salvador.

A defesa é um dos trunfos da Colômbia para desbancar o atual bicampeão Chile e avançar às semifinais pela segunda edição consecutiva. A inspiração do treinador português Carlos Queiroz é aquela Colômbia de 2001. Além de vencer todos os seis jogos, o anfitrião não sofreu gol. Nenhum campeão continental repetiu a proeza no século. Brasil (2004 e 2007), Uruguai (2011) e Chile (2015 e 2015) foram vazados pelo menos uma vez nas trajetórias até o título.
Carlos Queiroz acumula sete jogos à frente da Colômbia e sofreu apenas dois gols, na derrota por 2 x 1, para a Coreia do Sul, em amistoso disputado em março deste ano. Nas outras seis partidas — três delas oficiais pela Copa América —, o time saiu de campo sem ser vazado.

O sistema tático da seleção colombiana é considerado ofensivo — o 4-3-3, usado nas últimas cinco exibições. Ospina não é o único responsável pelo sucesso. Reconhecida por revelar jogadores talentosos do meio para frente, a Colômbia tem uma das melhores duplas de zaga da América do Sul. Talvez, do mundo. Davison Sánchez, vice-campeão da Liga dos Campeões com o Tottenham, é o parceiro de Yerry Mina, ex-Palmeiras, atualmente no Everton. Nas laterais, Medina e Tosillo são blindados por bons marcadores: Barrios, Uribe e Cuadrado.

Desvendar os segredos da defesa da Colômbia é tarefa quase impossível para os espiões chilenos. Ontem, a imprensa teve acesso apenas aos 15 minutos da atividade no Pacaembu. Deu para ver o aquecimento, uma reunião no centro do gramado, alguns piques disparados pelo preparador físico, o técnico Carlos Queiroz arrumando a cancha para a atividade em campo reduzido e brincadeiras entre os jogadores. Depois disso, os jornalistas foram colocados para fora do estádio e os seguranças fizeram como o treinador Carlos Queiroz nas traves da Colômbia: passaram a corrente, cadeado, chave tetra... no portão 12 do Pacaembu. (MPL)

À espera da revanche
 
A Colômbia tentará dar o troco no Chile. Em 2016, os atuais bicampeões eliminaram Ospina, James Rodríguez e companhia nas semifinais, em Chicago, com gols de Aránguiz e Fuenzalida. A trupe de Reinaldo Rueda desembarcou ontem à noite em São Paulo, depois da derrota por 1 x 0 para o Uruguai, segunda-feira, no Maracanã. A primeira atividade em solo paulista será nesta quarta-feira.