"A primeira coisa que vou fazer é sair de férias. Não assumirei nenhum compromisso depois do dia 1.º de julho, nem na Alemanha nem em nenhum lugar. Vou descansar, me recuperar, e dar prioridade à vida pessoal", disse o treinador, que terá seu contrato encerrado no dia 30 de junho.
Com o anúncio de seu afastamento, Heynckes mantém a dúvida sobre sua continuidade no futebol. O Bayern de Munique, ao contratar Guardiola, chegou a afirmar que o técnico alemão se aposentaria ao fim da temporada, o que ele rapidamente negou. Desta vez, no entanto, preferiu não dar certeza nenhuma sobre seu futuro e disse que preferia não usar a palavra "final" para referir-se à sua carreira.
A decisão de se afastar foi tomada por Heynckes apesar do grande número de propostas que recebeu, segundo ele mesmo revelou, inclusive de "clubes ricos, nos quais o dinheiro não é problema". Nas últimas semanas, a imprensa europeia cogitou uma possível ida do treinador para o Real Madrid, onde ele substituiria o português José Mourinho.
Após quase 50 anos no futebol, como jogador e técnico, Heynckes não escondeu o desgaste, principalmente pelas últimas semanas desta temporada no Bayern de Munique. "O trabalho de técnico do Bayern custa muito em termos de envolvimento, poder e energia. Especialmente nas últimas semanas, senti que estava no limite."
Mesmo aos 68 anos e com tudo indicando que o Bayern foi seu último trabalho no futebol, Heynckes não descartou um retorno ao futebol no futuro. "Tenho algo pessoa contra decretar um fim", afirmou.