Futebol Internacional

Abidal revela que Barça não pagou seus salários durante luta contra câncer

Barça imediatamente se pronunciou e negou que tenha deixado de pagar

Gazeta Press

Recém-contratado pelo Monaco, da França, o lateral esquerdo Eric Abidal não escondeu sua admiração pelo Barcelona quando deixou a equipe catalã, no último mercado de transferências. Nesta sexta-feira, entretanto, mostrou que também guarda certas mágoas do time catalão. Em entrevista ao jornal L’Équipe, o francês revelou que seu futuro na equipe blaugrana poderia ter sido diferente caso Pep Guardiola fosse mantido no comando, e que não recebeu salários enquanto tratava do câncer no fígado que o tirou dos gramados por cerca de um ano.


“O discurso do Barça na minha última entrevista coletiva é difícil de compreender. Não sai do clube por dinheiro. A prova é que, nos meses que eu estive doente, o clube não me pagou salários”, disse o jogador de 33 anos, fazendo referência às declarações dadas pelos dirigentes do Barcelona durante a sua entrevista coletiva de despedida do clube espanhol. Na ocasião, foi afirmado que Abidal se transferiu para o Monaco por “uma escolha de carreira”, eximindo o clube da Catalunha de responsabilidade pela opção do atleta.

Após saber da acusação do francês, a diretoria do Barça imediatamente se pronunciou e, em entrevista ao diário As, negou que tenha deixado de pagar os vencimentos do jogador no período em que ele se tratava do tumor. “Abidal recebeu tudo aquilo que estava estipulado. O Barcelona sempre pagou o salário dele, embora uma parte tenha ido para o seguro médico contratado, mas era uma parte muito pequena”, declarou uma fonte ligada à alta cúpula catalã.

Além de disparar contra a suposta inadimplência do clube de Camp Nou, Abidal também contou que provavelmente não sairia do Barcelona caso o técnico Pep Guardiola ainda estivesse no comando da equipe. “Se Guardiola permanecesse no Barça, eu poderia ter continuado. É uma pessoa que me admira muito e com quem eu mantenho contato. É um grande treinador”, encerrou, admitindo que não teve as chances que esperava com Tito Villanova e Jordi Roura, ex-treinadores azul-grená.