O promotor José Perals redigiu o documento por considerar praticamente certo o envolvimento de Bartomeu nas tratativas com indícios de criminalidade. Segundo seu estudo, qualquer pagamento substancial a ser feito no clube tem que ser avalizado pelo presidente, o que deve ter acontecido na negociação envolvendo Neymar. Porém, não foi esta a versão contada pelo presidente blaugrana em sua primeira audiência no Tribunal, no último dia 13.
Para o fiscal, Bartomeu, durante a conversa com Pablo Ruz, tentou desvincular a presidência do clube das funções administrativas, delegando as responsabilidades financeiras aos consultores fiscais ou ao departamento executivo. Assim, o presidente tentou se eximir do fato de o Barça só ter pago metade do valor requerido pela Receita Federal da Espanha (cerca de 1,3 milhões de euros).
Além de processar o principal mandatário do clube, a promotoria julga possível uma ação contra o Barcelona em si, já que no último ano os catalães deixaram de pagar quase 2 milhões de euros a Receita Federal, No último dia 2, Perals manifestou a vontade de processar o Barça, como pessoa jurídica, e o ex-presidente Sandro Rosell, afastado de suas funções executivas por envolvimento em fraudes, obrigando-os a prestarem esclarecimentos.