Futebol Internacional

Líder de torcida organizada do Boca Juniors nutre expectativa de voltar a Bombonera

O torcedor chegou a ser condenado a cinco anos de prisão, mas pagou fiança

Gazeta Press

Torcedor do Boca voltará ao lendário estádio
Principal líder da “Doce”, maior torcida organizada do Boca Juniors, Rafael Di Zeo entende que é encarado como um Bin Laden. Responsável por coordenar a massa que consta como um 12º jogador para o time, Di Zeo está prestes a voltar a Bombonera pela primeira vez desde agosto passado, quando foi denunciado no Tribunal de Justiça por suposto envolvimento em uma emboscada contra uma torcida rival.


O torcedor, que vinha sendo investigado pela polícia argentina há alguns anos, chegou a ser condenado a cinco anos de prisão, mas não cumpriu pena mediante o pagamento de uma fiança de R$ 40 mil. Tanto ele quanto Mauro Martin, outro líder da torcida, retomaram o controle da “Doce” em janeiro e foram readmitidos no quadro de sócios do clube, já que sempre mantiveram o pagamento em dia.

“Passei o que eu tinha que passar. Eu me equivoquei e cumpri o que me foi imposto, não posso ser proibido de ir ao campo para o resto da vida. Porque não vão perseguir os traficantes de droga e os verdadeiros delinquentes em vez de se meterem com os torcedores do Boca”, protestou Di Zeo, que é alvo de especulações quanto à formação de quadrilha e associação para o tráfico.

O comandante dos barra-bravas xeneizes vibrou com a absolvição na justiça argentina e até brincou com sua situação perante a lei. “Parece que sou o Bin Laden. Eu já voltei. Desde janeiro eu e o Mauro estamos organizando tudo na torcida, só nos falta entrar no estádio e voltar ao campo, e é isso que vamos fazer”, garantiu. “Voltarei a Bombonera para deixar o River fora da Libertadores”, disse o torcedor, que deve ir ao Monumental de Núñez nesta quinta para assistir à primeira partida das oitavas de final.