Flagrado em exame antidoping realizado durante a Copa América, o volante Fred ainda aguarda a contraprova para saber se será ou não punido. Em meio à indefinição, ele entrou em campo pelo Shakhtar Donetsk na última terça-feira, o que revoltou os dirigentes do adversário. Nesta sexta o Fenerbahce oficializou queixa junto à Uefa pela presença do brasileiro no duelo válida pelos playoffs da Liga dos Campeões da Europa.
A partida disputada em Instambul terminou empatada sem gols, e Fred jogou praticamente os 90 minutos – foi substituído nos acréscimos. O técnico do Shakhtar, Mircea Lucescu, admitiu que o jogador foi utilizado contra um conselho da própria Uefa. A entidade estuda o caso para definir se o clube ucraniano merece alguma sanção.
O Shakhtar usa como argumento a ausência de qualquer documento oficial proibindo a escalação de Fred, visto que o aviso que recebeu não está no papel. “Ainda não há regras específicas neste assunto, e ainda estamos aguardando a contraprova”, afirma Lucescu.
Por enquanto a reclamação do Fenerbahce não pode ser acatada pela Uefa pelo impasse criado devido à demora do resultado do segundo exame. A contraprova era esperada na quarta-feira, mas nenhuma decisão foi divulgada por qualquer entidade envolvida – tanto CBF quanto Conmebol, a responsável pela Copa América, mantêm silêncio. Se o doping for confirmado, a Uefa abriria discussão sobre a decisão do Shakhtar em utilizar Fred em uma partida oficial.
O volante testou positivo para o diurético hidroclorotiazida enquanto defendia a Seleção Brasileira na Copa América. Se o resultado do primeiro exame for confirmado, o volante corre risco de pegar até quatro anos de gancho. A punição é grande porque os diuréticos aumentam o fluxo de urina, podendo ser usados para expelir do corpo qualquer vestígio de outra substância ilegal.