Assim como não fala em renovar agora seu contrato na Seleção, Tite também evita fazer projeções sobre o que fará depois da Copa da Rússia, deixando claro que suas decisões serão tomadas apenas depois do torneio. O treinador da Seleção ainda revelou que já recebeu uma oferta para ir para a China.
“Admito que não pensei nisso ainda. Quando fui campeão mundial com o Corinthians, em 2012, senti que me habilitei para ser lembrado pela Seleção Brasileira. Consegui, hoje estou na Seleção. Agora, o foco é melhorar e, em seguida, a disputa do Mundial. Se o Brasil for campeão, quero dar um tempo e analisar o rumo da minha carreira. porque é difícil planejar o futebol a longo prazo. Mas uma coisa é certa: atingi o máximo em termos de posição profissional”, afirmou o treinador. “Sim, tive (uma proposta da China). Foi no fim de 2013, logo depois que deixei o Corinthians. Contudo, na época, eu apostava na oportunidade de assumir a Seleção Brasileira. Acreditava que, se fosse para a China, pudesse perder visibilidade”.
Além disso, Tite deu a sua opinião sobre o fato de os técnicos brasileiros não estarem em grandes clubes na Europa. “Mais uma pergunta difícil. Talvez falta de reconhecimento e melhor preparação da nossa parte. A Copa de 2014 mexeu muito com os treinadores brasileiros, a nossa classe foi a grande culpada pelo insucesso”, afirmou. “Depois perceberam que o lado diretivo também tinha culpa, a imprensa, os jogadores . . Precisamos capacitar nossos treinadores cada vez mais, que todos tenham cursos padrão Uefa. Felizmente tenho visto a CBF correr atrás disso. Quero ver treinadores brasileiros na Europa, em Portugal, todos eles em busca de uma formação melhor. Fato é: a língua também é determinante. Não adianta eu, por exemplo, querer trabalhar no futebol inglês. Digo isso porque não vou atingir excelência de trabalho, não posso me enganar. . . A língua é fundamental”, completou.