"Eu acho que este time pode fazer muito mais", opinou Gattuso em sua primeira entrevista como técnico do Milan. "Nós precisamos nos tornar uma equipe, precisamos ir a campo como um grupo. Nós precisamos do espírito de batalha, mas também temos talento."
Gattuso vinha comandando a base do Milan e foi promovido após a demissão de Vincenzo Montella na última segunda-feira. O antigo treinador falhou na tentativa de reerguer o time nesta temporada. Apesar dos milhões gastos em contratações, os rubro-negros são apenas os sétimos colocados do Campeonato Italiano, com 20 pontos, já a 11 da Roma, que fecha a zona de classificação para a Liga dos Campeões.
O "espírito" citado por Gattuso era justamente uma de suas maiores características como jogador. Ele atuou por 13 temporadas com a camisa do Milan, nas quais conquistou 10 títulos, sendo um Mundial de Clubes, duas Ligas dos Campeões e dois Campeonatos Italianos. O próprio, no entanto, faz questão de distanciar sua imagem como atleta daquela que começa a desenhar como treinador.
"Eu acho que é simplório seguir falando sobre Gattuso como um jogador", comentou.
É esta a atitude que a diretoria espera que Gattuso passe para os jogadores. Afinal, foram gastos mais de 200 milhões de euros em reforços nesta temporada para recolocar a equipe entre os grandes da Itália. E o primeiro teste do novo comandante será neste domingo diante do fraco Benevento, que ainda não pontuou após 14 jogos.
"Eu tenho que pensar no Benevento como se fosse a final da Copa do Mundo", disse o campeão mundial de 2006 com a seleção italiana. "Eu amo meu trabalho, faço isso com grande paixão. Isso me dá muita adrenalina. Para mim, o sonho continua. É um privilégio treinar um time como este.".