A confirmação da morte aconteceu somente nesta quinta pelo chefe da polícia local, Marcello Cardona. De acordo com as autoridades, a principal suspeita é de que o torcedor de 35 anos tenha sido atropelado por uma van ou por um carro do tipo SUV. Quatro torcedores do Napoli ficaram feridos no confronto e ao menos três pessoas foram detidas.
O chefe da polícia afirmou que vai solicitar que torcedores da Inter sejam impedidos de viajar para assistir a jogos fora de casa até o fim da temporada. E disse que vai pedir a interdição do setor norte do estádio, onde costuma ficar as organizadas mais violentas do time milanês.
O jogo, vencido pela Inter pelo placar de 1 a 0, foi marcado ainda por gritos racistas em direção ao zagueiro senegalês Kalidou Koulibaly, do Napoli. Ele foi alvo de cânticos discriminatórios desde o primeiro tempo. Torcedores imitavam um macaco toda vez que o defensor tocava na bola.
Pelas redes sociais, o prefeito de Milão, Giuseppe Sala, condenou os atos racistas no estádio onde ele mesmo estava presente durante o jogo. "Aquelas vaias em direção a Koulibaly foram uma vergonha. Um ato vergonhoso em relação a um atleta sério como ele, que orgulhosamente traz a cor de sua pele. E também, embora em menor escala, contra muitas pessoas que vão ao estádio para torcer e ficar com os amigos", declarou.
Ele disse que deixará o estádio em caso de novas manifestações discriminatórias em futuros jogos da Inter, seu time do coração. "Eu farei algo muito simples. Continuarei a ver o Inter, mas na primeira vaia farei um pequeno gesto, levantarei e sairei. Eu vou fazer isso por mim mesmo, ciente do fato de que quem grita com um atleta negro não vai dar a mínima para mim. Mas eu farei isso", prometeu.
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