“Quando recebeu a ligação sobre a morte do seu pai, estávamos na concentração. Desligou o telefone e começou a gritar de uma forma que ninguém podia imaginar. Toda vez me arrepia. Desde esse dia, Massimo Moratti e eu o tratamos como um irmão mais novo”, relembrou o ex-lateral-direito.
“Ele continuou jogando futebol, marcando gols e os dedicando a seu pai, apontando para o céu. Mas, depois daquela ligação, nada foi como antes. Não conseguimos tirar Adriano do túnel da depressão e essa foi a minha maior derrota, me senti impotente”, completou.
Ainda na entrevista, Zanetti revelou que, dentro do clube italiano, Adriano era visto como “o novo Ronaldo” e que um dia se tornaria o melhor jogador do mundo.
“Uma noite, Iván Córdoba dividiu a concentração com ele e disse para o Adriano que ele era uma mistura de Ronaldo com Ibrahimovic. Perguntou se ele sabia que iria se transformar no melhor jogador do mundo. Eu disse a mim mesmo que havíamos encontrado o novo Ronaldo”, finalizou o argentino.
Em cinco temporadas atuando pela Inter, o Imperador somou 177 partidas oficiais e marcou 74 gols, além de ter conquistado quatro vezes o Campeonato Italiano. Hoje, aos 37 anos, Adriano ainda não anunciou sua aposentadoria, porém não veste a camisa de um clube desde 2016, quando defendeu o Miami United, dos Estados Unidos.
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