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Morre ex-presidente hondurenho envolvido em escândalo de corrupção na Fifa

Causa da morte não foi revelada, mas, de acordo com algumas versões, ele sofria de leucemia

Estadão Conteúdo
Callejas ficou conhecido por pedir milhares de dólares em subornos no caso de corrupção que abalou a Fifa - Foto: KENA BETANCUR / AFP O ex-presidente hondurenho Rafael Callejas, considerado culpado no escândalo de subornos envolvendo dirigentes da Fifa, faleceu neste sábado nos Estados Unidos. Ele tinha 76 anos. A causa da morte não foi revelada, mas, de acordo com algumas versões, ele sofria de leucemia.



Callejas governou Honduras de 1990 a 1994, mas no cenário internacional ele ficou mais conhecido por pedir milhares de dólares em subornos no caso de corrupção que abalou a Fifa, em troca da concessão de direitos de transmissão de torneios. Em 2016, o ex-presidente se declarou culpado. E estava detido em uma prisão de Atlanta.

Juan Orlando Hernández, atual presidente de Honduras, confirmou a morte. "Lamentamos muito a morte do ex-presidente Rafael L. Callejas", escreveu Hernández em seu perfil no Twitter. "Minha solidariedade com a sua esposa Norma Regina de Callejas, seus filhos e netos."

Depois de deixar a presidência, Callejas comandou a Federação Nacional de Futebol de Honduras de 2002 a 2015. Ele também foi membro da Comissão de Televisão e Marketing da Fifa.

O hondurenho se declarou culpado de conspiração para cometer atos ilícitos e fraude por meios eletrônicos em um tribunal federal de Nova York. Ele disse que havia distribuído uma parte significativa dos subornos aos delegados da federação hondurenha, a fim de continuar na presidência do órgão.



Callejas reconheceu que utilizou o seu poder no futebol para dar contratos à Media World, uma empresa de marketing com sede em Miami, que pagou propinas através de contas bancárias nos Estados Unidos a Callejas e a um cúmplice.

O hondurenho é um dos inúmeros líderes da Concacaf e da Conmebol que foram acusados nos últimos anos de pedir, oferecer e aceitar pagamentos ilegais, de lavagem de dinheiro e subornos relacionados à negociação dos direitos de transmissão de jogos internacionais de futebol.