"Quando liberarem as atividades não vai haver lugar mais seguro do que treino de futebol, jogo de futebol. As medidas que preparamos são altamente restritivas do ponto benéfico para a saúde de todos", afirmou Pagura, durante a participação em uma "live" com "Companhia de Viagem".
"Não tem (previsão de volta). A CBF, na figura do presidente Rogério Caboclo, respeita totalmente as decisões que vêm dos órgãos federal, estadual e municipal. Não vai mexer uma palha para forçar nada. Há um mês e meio que estou trabalhando nesse projeto. Junto com médicos, epidemiologistas. Estamos totalmente prontos para voltar com a maior segurança dentro da sua atividade aqui no país. Quando o futebol fala todo mundo escuta. Nossa responsabilidade na execução do plano é muito grande", prosseguiu.
Outro ponto abordado por Pagura, que é médico neurocirugião e presidente da Comissão Nacional de Médicos do Futebol da CBF, foi sobre as comemorações dos gols, que segundo ele vão mudar. "O barulho do silêncio é a nova tônica que a gente vai ver no futebol. O abraço, a comemoração, 'hoje tem gol do Gabigol', dancinha... isso não vai existir", disse.
Sobre testes nos jogadores, Pagura contou que ouviu mais de 100 médicos e diversas associações para finalizar o protocolo. Revelou que ele prevê testes do tipo RT-PCR, considerado mais assertivo, e também testes rápidos, que são mais simples. Mas considerou ser inviável fazer o teste RT-PCR em massa para os atletas.
"A Alemanha resolveu os problemas deles, mas não podemos nos comparar com eles, tem a diferença econômica. Mas vamos ter testagem sim, não podemos fazer teste de RT-PCR em cada um porque pode demorar, tem que esperar entre o 3.º e o 7.º dia, então teria que testar e isolar. Então vamos ter grande questionário clínico, testes rápidos e série de coisas. Dentro desse plano, qualquer sintoma vamos tratar como doente e daí vai para o RT-PCR. Mas uma coisa é analisar para 80 jogos. Outro, fazer em 380 jogos, que é só da Série A. E mais de mil em outras séries. É inviável RT-PCR para todos", comentou o médico.