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SANTA CRUZ

Jovem e com futuro promissor: o perfil do possível novo técnico do Santa Cruz para 2020

A julgar pelas duas últimas temporadas, Tricolor tende a apostar em nomes acostumados com filosofia moderna e a trabalhar com elencos mais novos

postado em 18/09/2019 10:34 / atualizado em 18/09/2019 10:48

<i>(Foto: Paulo Paiva/DP Foto)</i>
Sem técnico desde o fim de agosto, quando Milton Mendes acertou sua ida para o São Bento, o Santa Cruz faz mistério sobre quem será o treinador que vai começar a próxima temporada. Mas a julgar pelos dois últimos anos, é possível arriscar um palpite. Não sobre nomes, mas em relação a um perfil: jovem, sem passagem anterior em Pernambuco e considerado promissor.
 
Foi assim, por exemplo, com Júnior Rocha, no ano passado. Escolhido para iniciar a temporada, ele tinha 36 anos quando acertou com o Tricolor (apenas dois anos a mais do que tem hoje, por exemplo, Pipico e Danny Morais). Chegou ao Arruda exigindo posse de bola e saída para o jogo sem chutão. Uma filosofia moderna, mas arriscada para um clube que acabara de cair para a terceira Divisão e, portanto, não tinha dinheiro para investir em um elenco com qualidade técnica.
 
A estratégia de Júnior Rocha não funcionou. O Tricolor foi eliminado da Copa do Brasil na primeira fase ao perder para o Fluminense de Feira de Santana por 2 a 0 em jogo único na Bahia. No Pernambucano, foi eliminado pelo Sport nas quartas de final, ao perder por 3 a 0 em jogo único na Ilha do Retiro. No Nordestão, o técnico deixou o time classificado em primeiro lugar no Grupo A (nas quartas de final, já sem Júnior Rocha, a equipe seria eliminada com duas derrotas para o ABC). Após estrear na Série C empatando em 1 a 1 com o Náutico na Arena de Pernambuco, o técnico recebeu um convite do CRB e deixou o Arruda.

2019
 
Este ano, coube a Leston Júnior a tarefa de montar a equipe que começaria a temporada.  Aos 40 anos, tinha passagens por Remo e Moto Club e um bom trabalho no Botafogo-PB, onde foi campeão paraibano no ano passado. Chegou ao Santa Cruz disposto a implantar "novos conceitos" na maneira de o time jogar. Inicialmente, impressionou pelo conhecimento teórico sobre o futebol.
 
Com ele, o Tricolor foi um time de altos e baixos. Eliminado no Pernambucano nas quartas de final ao empatar com o Afogados no Arruda e perder a disputa dos pênaltis, fez uma boa campanha na Copa do Brasil, caindo para o Fluminense, outra vez no Arruda e nos pênaltis, depois de vencer a partida por 2 a 0. Na Copa do Nordeste, o Santa Cruz perdeu a semifinal por 1 a 0 para o Fortaleza, no Castelão.
 
Na Série C, o Tricolor largou com dois empates nos primeiros três jogos, dois deles em casa. Àquela altura, a equipe estava na lanterna do grupo A. Sem vencer há cinco partidas, Leston Júnior foi demitido após empatar em 3 a 3 com o Sampaio Corrêa no Arruda.

MUDANÇA DE PERFIL
 
Curiosamente, na hora de substituir Júnior Rocha e Leston Júnior, o Santa Cruz mudou a estratégia. Nos dois casos, foram chamados profissionais mais experientes e conhecidos no país, fugindo da proposta inicial de apostar em treinadores promissores. Se PC Gusmão, com trabalhos em clubes como Corinthians, Palmeiras, Cruzeiro e Botafogo, foi contratado para o lugar de Júnior Rocha, o substituto de Leston Júnior foi Milton Mendes. Mas os dois também fracassaram.
 
PC Gusmão foi demitido na reta final da primeira fase da Série C de 2018. Para o seu lugar, veio Roberto Fernandes, que não ficou no clube após o time perder o acesso para o Operário nas quartas de final. Já Milton Mendes, este ano, depois de iniciar uma recuperação do time, saindo da lanterna e chegando a ocupar a vice-liderança na fase de grupos, não conseguiu classificar o Santa Cruz à disputa do mata-mata do acesso, com direito a uma derrota por 3 a 1 para o Náutico.