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Arena Pernambuco

Arena aprovada, mobilidade nem tanto

No primeiro jogo oficial, mais de 20 mil torcedores tiveram dificuldade de chegar e sair do novo estádio

postado em 23/05/2013 08:06 / atualizado em 23/05/2013 08:08

Paulo Paiva/DP/D.A Press
O secretário extraordinário da Copa no estado, Ricardo Leitão, fez um rápido balanço do segundo e último evento-teste da Arena Pernambuco, na noite de ontem, no empate entre Náutico e Sporting. Na ampla sala de coletivas, o secretário destacou a necessidade de melhorar a atuação do Parqtel, o estacionamento privado com duas mil vagas próximo ao TIP, que contou com ônibus circulares para a arena. Mas o principal ponto em questão era além do estádio, sobre o funcionamento do tranporte através do metrô, uma vez que cerca de 20 mil dos quase 27 mil presentes usaram a rede do Metrorec. Uma equipe do Superesportes percorreu o caminho nos trens e registrou até duas horas para chegar o estádio, num traslado previso para durar 60 minutos.

“Precisamos melhorar a frequência dos trens do metrô, para que a chegada seja cada vez mais efetiva. Não temos a prática de chegar de metrô. Foi a primeira vez que um percentual expressivo do público chegou ao jogo assim. Queremos que isso aconteça cada vez mais. Para isso, teremos que melhorar a frequência interna da estação (Cosme e Damião, inaugurada nesta quarta). Vamos buscar ajustes para a Copa das Confederações”.

Questionado mais uma vez sobre o esquema de mobilidade, Leitão afirmou que o torcedor também terá que adequar seu horário para os jogos. “O torcedor não poderá sair de casa faltando meia hora. Precisa se programar, sair mais cedo, evitar problemas. O problema da mobilidade do Recife não será resolvido com as obras da Copa das Confederações de 2013 e da Copa do Mundo de 2014. Vai ajudar. Mas a sociedade precisa conviver com a realidade. Há, sim, um grande esforço para conectar a arena ao sistema de transporte do estado. Há um indicativo de que é melhor chegar de metrô e precisamos melhorar isso”.

Fifa

Também participou da coletiva, com a presença de profissionais da imprensa de todo o país, o representante da Fifa e do COL na operação de arenas, Tiago Paes, que listou o teste no mesmo nível das arenas anteriores. “Vemos tudo, mas também apenas questões internas, que nem aparecem para a imprensa, como, por exemplo, o funcionamento do rádio dos funcionários, dentro e fora da arena. Precisamos melhorar o fluxo. São coisas pequenas e pontuais que precisarão ser melhoradas. A abertura da Arena Pernambuco não deve nada às demais arenas inaugruadas no Brasil. Num primeiro jogo não existe a expectativa de que tudo funcione perfeitamente. Queremos, sim, que esteja azeitado. O Castelão, dois meses depois, está em ordem”, comentou.