O Náutico conseguiu se livrar da punição imposta há duas semanas pela Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF por não cumprir com as regras do regulamentos de registro e transferência da entidade. A decisão, inédita no país, impediria o clube pernambucano de registrar novos jogadores por um período de seis meses.
No caso, a pena imposta era referente ao não pagamento do repasse ao Porto pela venda do atacante Rogério (atualmente no Bahia) ao São Paulo, em 2015. O clube de Caruaru tem direito a um percentual que varia de 1% a 5% da transação por ser o clube formador. Na época, o valor divulgado pela negociação foi de R$ 1,2 milhões.
Segundo o vice-presidente jurídico do Náutico, Alexandre Carneiro, além dessa, outras pendências do Náutico na Câmara Nacional de Resolução de Disputas também foram solucionadas, o que livra o Timbu de possíveis outras punições. No total, os alvirrubros desembolsaram cerca de R$ 100 mil em acordos.
"Já fizemos o pagamento e só falta agora a homologação para que essa punição caia. Tudo o que nós tínhamos na câmara foi regularizado. Inclusive ações com Milton Cruz e Ivan Izzo (técnico e assistente do clube em 2017). De todas as ações que tínhamos, a de Rogério era a menor", afirmou Alexandre Carneiro.
Criada em 2016, a CNRD da CBF é um órgão à parte da Justiça Comum com objetivo de tratar de dissídios que ocorrem dentro do futebol brasileiro e sob a jurisdição da CBF de forma mais rápida.