Futebol Nacional
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CRUZEIRO X ATLÉTICO

Ministério Público se reunirá com organizadas, que pretendem recorrer de decisão judicial

MP terá encontros com representantes das torcidas punidas por confusão no clássico

postado em 30/09/2014 13:33 / atualizado em 30/09/2014 14:08

Thiago Madureira /Superesportes

RODRIGO CLEMENTE / EM DA PRESS
O Ministério Público marcou três encontros na tarde desta terça-feira com representantes das torcidas organizadas Máfia Azul, Pavilhão Independente (ambas do Cruzeiro) e Galoucura (do Atlético). A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do MP.

As reuniões serão encabeçadas pelo coordenador do Procon-MG, Fernando Abreu. As organizadas serão comunicadas do banimento temporário dos estádios nos dias de jogos por seis meses - a punição se estende a cinco clássicos entre os clubes. Orientações e explicações de como se comportar durante esse período também estarão em pauta.

Por meio de nota, tanto a Máfia Azul quanto a Pavilhão Independente informaram que recorrerão da decisão do Ministério Público. As organizadas têm o prazo de 30 dias para se defender.

Em contato com a reportagem, a Galoucura informou que espera o encontro com o Ministério Público para comunicar se vai entrar com recurso na Justiça. A organizada do Galo, também em nota, deu sua versão dos fatos.

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Confira as notas oficiais das três torcidas organizadas:

Pavilhão Independente
"Informamos a todos integrantes e simpatizantes, que a torcida Pavilhão Independente não aceita a decisão do MP, de banir a torcida por seis meses dos estádios. Entendemos que foi uma decisão arbitrária e equivocada, sendo assim entraremos com recurso e tentaremos de todas as formas cabíveis na justiça e absolvição da Pavilhão. Voltamos a frisar que a torcida Pavilhão Independente não participou de nenhum ato de vandalismo ou violência no clássico do dia 21/9, e que o mínimo que podemos pedir é que prove a participação da organizada em algum ato. Sabemos da nossa inocência no caso, e pelo compromisso que temos com a nação celeste e o Cruzeiro Esporte Clube, provaremos que essa decisão do MP não condiz com o que realmente aconteceu. Pedimos a paciência de todos, e esperamos que a justiça seja feita!"

Máfia Azul
"Nós não temos culpa dos problemas que aconteceram neste último clássico. As confusões aconteceram do lado oposto. A culpa é da organizada do Atlético-MG, que foi para lá só para causar confusão e baderna. Ainda tem também o problema da empresa que presta segurança para o estádio, que é completamente despreparada e não faz a revista corretamente, permitindo que eles entrassem com artefatos. E, sobre os problemas que aconteceram fora do estádio com torcedores que vestiam uniforme da Máfia Azul, como o cara que atirou em quatro torcedores, falaram que ele vestia o uniforme da nossa torcida, mas nós não temos relação nenhuma com isso. Muitas pessoas usam uniforme das organizadas, eles vendem em vários lugares. Não podem nós punir pelo erro de um indivíduo, tem que julgar é este cidadão. Eles não escutaram nossa parte neste processo. Nós não aceitamos essa decisão, vamos entrar com recurso. Ano passado fomos punidos pela confusão no título e cumprimos tranquilamente, pois estávamos errados. Mas esta não vamos aceitar, não temos culpa"


Galoucura
“Em 16/09/2014, foi realizada uma reunião no BPE (Batalhão de Policiamento de Eventos), reunião no qual sua pauta era horário de deslocamento das Torcidas Organizadas. Ficou acertado que todas as Organizadas do Galo sairiam da Sede da Galoucura no bairro Concórdia, deslocando escoltados para frente ao batalhão ROTAM para o embarque nos ônibus.

Também ficou acertado que as regiões sairiam em horário definido em direção a sede, e assim foi feito, e para nossa surpresa fomos questionados quanto ao deslocamento da Galoucura Noroeste pois os mesmos haviam passado a 1 quarteirão da sede da Torcida Pavilhão Independente do Cruzeiro e houve troca de insultos. Pois bem, realmente se passou, realmente houve troca de insultos, mais o deslocamento da Feira coberta do Padre Eustáquio até a Sede da Galoucura foi escoltada pela PM, que também definiu o trajeto e porque estamos sendo acusados de desordem ao passar por lá? (Reunião registrada em ata).

No ponto de embarque, para nossa surpresa não havia ônibus suficiente, é lamentável o fato da BHTrans não participar da reunião da FMF, pois órgão de tamanha importância no esquema de transporte para que seja acertado quantidade de coletivo para o evento. Lamentamos pelo ocorrido no embarque dos nossos torcedores, 4 baleados em frente ao Batalhão ROTAN e a imprensa considerando as bombas dentro do estádio mais grave, é lamentável.

Parabenizamos as Polícias Militar e Civil pela resposta rápida a sociedade.

Ao chegarmos no estádio, formos surpreendidos já no desembarque, pois foi acordado em reunião no BPE (Batalhão de Policiamento de Eventos) no dia 18/09/2014 que as organizadas ficariam dentro do Mineirinho, porém fomos liberados na Av. das Palmeiras esquina com Alameda das Falcatas, aonde se seguiu a pé e sem escolta até o estádio.

Ao adentrarmos ao estádio mais uma surpresa, estávamos proibidos de adentrar com material (faixa, bandeiras e bateria) e a justificativa era que não chegamos no horário. Mais como não chegamos no horário se saímos da sede escoltados conforme Ata de reunião do dia 16/09?

A resposta foi que deveríamos ter levado o material antes, mais isso não quebraria o compromisso de horário, uma vez que o compromisso seria para evitar encontro das 2 torcidas?

Após tal medida fomos obrigados a não entrar no estádio, aonde as reuniões e compromissos não valeram de nada.
Dentro do estádio mais confusão. Foi instalado uma guerra de cadeiras, das duas torcidas, fato que lamentamos e fazemos de tudo para coibir, mais a situação era generalizada, que foi contida após intervenção da PM com bombas de efeito moral, tal bomba que fez com que o Sr. Árbitro da partida interrompesse o jogo.

Fomos acusados pelo mesmo de sermos os autores dos disparos das bombas, o que nos chamou a atenção foi se houve essa troca de bomba das duas torcidas, aonde foram parar os feridos? Não houve essa troca de bombas, o que houve foi a intervenção da PM com bomba de efeito moral.

Percebemos também que os seguranças da PROSEGUR não dão conta do recado, não são preparados para tamanho evento, não tem força policial como deve ocorrer nos estádios.

E por fim, não conseguimos entender como clássicos com 50% de cada torcida davam muito mais certo, a violência era menor, o que parece e que tem instituição não querendo trabalhar.

Hoje fomos mais uma vez surpreendidos com uma medida no Ministério Público de Minas Gerais, fomo suspensos por 6 meses, só gostaria de saber qual motivo? Porque não fomos ouvidos?

PROIBIR BANDEIRAS E BATERIA NÃO É SINÔNIMO DE FIM DE VIOLÊNCIA, ISSO SÓ IRÁ ACABAR QUANDO A PM VOLTAR A TRABALHAR.

Por fim gostaria de lembrar que pode haver mais um clássico, e esse sim não terá controle algum da PM”

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